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Saúde - 07/07/2011 - Hospitais Filantrópicos aderem a movimento pela sobrevivência


HCC de Crissiumal, HSVP de Três de Maio já aderiram a campanha que terá cronograma de ações

Responsáveis por mais de 70% de toda assistência SUS no Estado do Rio Grande do Sul, as Santas Casas e os Hospitais Sem Fins Lucrativos reunidos em Assembléia Geral no dia 20 de junho de 2011, tendo a presença do Secretário da Saúde, Ciro Simoni, expressaram a caótica situação de sustentabilidade em que estão inseridos, sintetizando no déficit de R$ 310 milhões que tiveram com o SUS no ano de 2010, ou seja, um déficit médio de 55% entre custo e receita. As dívidas destas instituições já totalizam cifras absurdas.

A situação não é de agora, porém vem se agravando com a elevação de custos, descontinuidade de cronogramas de repasses dos ínfimos recursos, somadas a real falta de perspectiva para o enfrentamento dos maiores déficits relacionados à assistência de média e baixa complexidade.

Diante desta realidade, a Assembléia dos hospitais deliberou pela busca imediata de solução de custeio junto ao Governo do Estado, na ordem de R$ 100 milhões ainda para o ano de 2011, desencadeando o movimento social necessário para que tais organizações mantenham-se em funcionamento e se alcance a plena sensibilidade do Governo.
Na região, o Hospital São Vicente de Paulo de Três de Maio  divulgou em nota que aderiu ao movimento “Emergência para as Santas Casas e Hospitais Sem Fins Lucrativos”. Tal mobilização tem como foco principal a alocação emergencial de recursos, por parte do Governo do Estado, para viabilizar o custeio da assistência de média e baixa complexidade, assegurando, assim, a sobrevivência das 239 instituições filantrópicas do Estado.

Além de Três de Maio, o Hospital Adesco de Humaitá e o Hospital de Caridade de Crissiumal (HCC), também aderiram ao movimento. O administrador  do HCC,  Rafael Brackmann informou que haverá um cronograma de ações em todo o Estado. “Aqui em Crissiumal vamos realizar uma audiência pública nos próximos dias e a Assembleia vai definir ações estaduais, inclusive com a possibilidade de paralisação dos serviços”, disse.


A Assembléia Geral permanecerá em aberto até que a emergência - não aquela colocada à disposição dos pacientes graves - mas sim aquela que deverá garantir as portas abertas dos hospitais, seja atendida na dimensão necessária.

Fonte: Oswaldo Balparda/ Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul
Assessoria do HSVP -Roberto Scheuer

E Neila Daronco, Jornal A Notícia

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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