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Texto de Opinião - 01/10/2018 - O que vou ser quando crescer


Por Luiza de Rosso - Professora de Português Rede Estadual e Municipal de Ensino de Crissiumal

Esta pergunta é rotineira em nossas vidas. Desde pequenos somos instigados a responder sobre nossa preferencia profissional. Mas a partir de quando temos propriedade sobre esta decisão? Nascemos com dom ou vocação? Ou será nossa personalidade ou convivência que nos direcionarão a escolhermos onde iremos trabalhar ou o que iremos fazer quando adultos?

Quando crianças fantasiamos nossa futura profissão baseados em nossas paixões, aptidões, na ludicidade infantil, e até imitando um familiar ou próximo. 

Na adolescência começam as frustrações e as indecisões. Às vezes nossas vontades se reprimem porque está “longe” nossa realidade, porque não temos incentivo afetivo ou financeiro, ou muitas vezes ainda nos desinteressamos, quando percebemos que brincar é bem diferente de trabalhar para sobreviver e consequentemente assumir os compromissos da vida adulta. 

Ao final do Ensino Médio, nossos alunos, filhos e jovem “deverão” se decidir. Mas... será que estão preparados para tal decisão? Será que foram preparados para essa questão? Será que não é cedo para essa resposta? Se não se decidirem logo e focarem definitivamente em uma meta profissional não será tarde? Perderão então oportunidades? E se no meio do caminho perceberem que não era aquilo que queriam? Se perceberem, assim, que a vida é longa pra fazer o que não gostam, mas sabem o que os seguram é o fato de serem melhor remunerados nesta área e não na de suas habilidades e preferências, inclusive de abrir mão da convivência com suas famílias e amigos. Será que temos tempo para errarmos e corrigirmos esse equívoco? 

Essas e outras angústias acompanham pais e filhos nessa fase de escolha. Então, é hora de pensarem com calma, responsabilidade e carinho nessa tão importante decisão, porque é ela que definirá a profissão, a maneira de viver, onde irão morar, com que pessoas irão conviver, e com certeza será base de conduta durante muitos anos de suas vidas. Decisão que deve  ser bem pensada e planejada, pois a partir dela, portanto, provavelmente, será redefinida sua forma de pensar, agir e viver.

Luiza de Rosso - Professora de Português Rede Estadual e Municipal de Ensino de Crissiumal

Postado: Leila Ruver
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