Três frigoríficos brasileiros já estariam aprovados pelo país asiático
A oficialização da abertura do mercado da China para a carne suína brasileira deve ocorrer nesta terça-feira (12), em encontro da presidente brasileira Dilma Rousseff com o presidente chinês, Hu Jintao, durante missão comercial ao país. Mesmo com as perspectivas positivas, os representantes do setor alertam para a possibilidade de barreiras sanitárias.
Para o diretor executivo do Sindicato das Indústrias dos Produtos Suínos do Estado (Sips), é preciso ainda saber como se dará o acordo entre os dois países. Rogério Kerber lembra que o status do Rio Grande do Sul é de livre de febre aftosa com vacinação.
— Temos que ter o cuidado, a cautela, pois o Rio Grande do Sul é o estado que adota o status de livre de febre aftosa com vacinação. O que tem se verificado sempre na abertura de novos mercados é que isso é levado em consideração — relata.
O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Estado (Acsurs) também se diz cauteloso sobre o anúncio. Valdecir Folador ainda prevê dificuldades devido à cobranças sanitárias impostas pelo mercado chinês.
— As exigências que o mercado chinês tem feito para a abertura do mercado brasileiro para aquele país é grande, mesmo que lá eles não atendam aquilo que eles cobram do Brasil. Acredito que é complicado, vamos esperar — recomenda.
Segundo informações do presidente da Associação dos Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, que acompanha a missão brasileira, o governo chinês já teria aprovado três frigoríficos brasileiros, mas não há informação sobre quais plantas foram liberadas.
A mesma notícia também foi repassada pelo ministro da Administração-Geral de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, Zhi Shuping, ao ministro da Agricultura do Brasil, Wagner Rossi. A liberação ocorre apenas cinco meses depois da vinda de missão chinesa ao Brasil para inspecionar 13 indústrias.
A China é o maior consumidor de carne suína do mundo, mas o consumo de cerca de 50 milhões de toneladas é suprido pela produção local. Segundo previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, os chineses devem importar cerca de 480 mil toneladas ainda este ano.
RÁDIO GAÚCHA
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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