Debate com os coordenadores regionais aconteceu nesta segunda-feira
A Fetag realizou nesta segunda-feira (30) um debate com os seus coordenadores regionais e a Comissão de Política Agrícola sobre a seca e as resoluções do governo federal anunciadas na última quinta-feira. A avaliação das lideranças é de que elas atingem pouco a agricultura familiar, uma vez que deixa de fora o custeio pecuário – um dos principais problemas na Fetag -, enquanto os demais se enquadram dentro do Proagro e do Proagro Mais. “O custeio pecuário não foi contemplado e, portanto, precisa de uma renegociação ou um percentual de desconto no seu financiamento”, observa o vice-presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.
Ele disse que as medidas contemplaram o feijão, o milho e a soja. Ficou fora o leite e a pecuária familiar. Ao mesmo tempo, a resolução que abrangeu o investimento, nada mais é do que está previsto no Manual de Crédito Rural (MCR), isto é, jogar a parcela deste ano para o próximo. O fato positivo, em âmbito estadual, destacado é a isenção do pagamento da semente de milho no Programa Troca-troca.
Os coordenadores relataram que em algumas regiões está precário o abastecimento de água para pessoas e animais. Além disso, o milho da Conab, para manutenção dos animais na propriedade, ainda não apareceu, embora tenha sido anunciado. “Ele está no Mato Grosso do Sul e precisa ser removido para o Estado pelo governo federal. Tudo está muito demorado e na melhor das hipóteses só chegará em março”, projeta Joel.
Diante deste quadro, a Fetag decidiu retomar o diálogo com o governo federal no sentido de que as medidas sejam anunciadas no menor espaço de tempo. O presidente Elton Weber está marcando audiências junto aos governos, revelou o vice. Nesta terça-feira (31) serão discutidos alguns critérios para distribuição do Milho Balcão. “Queremos resolver um a um os entraves”, ponderou Joel.
Os pedidos:
Milho da Conab para animais;
Prorrogação por cinco anos do Custeio Pecuário;
Solução para falta d’água;
Auxílio de R$ 20 mil (50% de rebate) para limpeza ou construção de pequenos açudes; e
Pagamento de um salário mínimo, por cinco meses, para manutenção da família na propriedade.
Além das discussões da pauta normal é preciso, imediatamente, iniciar um debate mais específico, por parte dos governos, sobre Plano de Irrigação Subsidiado com reservatórios. Caso contrário, se volta ano após ano a falar da seca ou estiagem, sem nunca atacar de frente o problema. “Isto pode significar para alguns uma pauta para fazer política”, adverte.
Fumo
A Comissão Estadual do Fumo da Fetag trouxe para definição dos coordenadores e da Comissão de Política Agrícola a proposta de acompanhar de ou não assinatura de protocolo com a empresa JTI Kannenberg Comércio de Tabacos do Brasil, como fez no dia 27 a Afubra e as demais Federações da Agricultura de Santa Catarina, Paraná e Farsul. Ele prevê um reajuste de 4,8% sobre a tabela da safra 2010/2011. As lideranças da Fetag decidiram pela não-assinatura do protocolo.
O motivo se deve ao fato de que as fumageiras estão pagando hoje mais de 25% em relação à safra passada pelo mesmo produto. “Não vemos qualquer benefício ao fumicultor que a Fetag assinasse o protocolo, já que pedimos 9,9% e eles ofereceram apenas 4,8%”, completou.
Assessoria de Imprensa FETAG
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