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Texto de Opinião - 29/10/2014 - Mortos ou santos-Por Padre Renato Jose Rohr


Leia na íntegra o texto de opinião do Pároco da Igreja Católica de Crissiumal

 

Existe um fato não desejado, mas um dia sucederá. Existem situações que deveriam acontecer, mas nem sempre as buscamos com tanto denodo. Há certezas diante de nós como também existem dúvidas. O que será de nós no futuro? A morte é uma certeza, queiramos ou não. A santidade não deveria ser dúvida, mas, esta deveria ser a meta mais buscada durante a nossa vida.

 

O que dizer das pessoas que não orientam a sua vida para estas duas metas? Diante da morte nos sentimos limitados, pois, não conseguimos evitá-la. Diante da santidade existe a frieza com que muita gente vive a sua vida, muitos ascéticos achando que santidade é utopia. É verdade, se for só com nossas forças humanas jamais poderíamos atingir a santidade, pois só Deus é plenamente santo, mas com a graça de Deus tudo é possível.

 

Diante das duas propostas, a morte que é uma certeza, e a santidade que é um convite para todos os filhos de Deus. De um lado estão as limitações humanas e de outro lado está a incomensurabilidade da misericórdia divina que nos quer santos. Por nossas forças nos sentimos incapacitados, mas, não incrédulos na bondade e no poder divino. Jesus mesmo nos diz: "Portanto, sede santos, assim como vosso Pai celeste é santo" (Mt 5, 48).

 

Quem de nós não sente uma certa angústia diante da morte que nos aguarda e para qual sempre devemos estar preparados. Quem de nós também não se sente como indigno diante da santificação que deve acontecer durante a nossa vida. 

 

Tudo isto nos deve levar a vivermos bem a nossa vida. Morto é estar no pecado. Santificação é estar na graça de Deus. Enquanto estamos vivos temos a graça de nos santificarmos. Ninguém deve descartar da sua vida a possibilidade de se santificar. Pelo contrário, esta deve ser a meta, viver a vida em plenitude e não no pecado. Acreditando na misericórdia divina e no esforço pessoal que a santidade pode acontecer. Querendo ou não um dia vamos experimentar a morte. Não podemos perder a ocasião de experimentar também a santificação. O ser humano não pode se perder, pois Deus nos criou não para o pecado, mas para Ele que é o Senhor da nossa vida. A santificação é buscar constantemente a vida eterna. Não podemos ser como mortos, mas em santificação.

 

Todo ser humano, enquanto vivente neste mundo, deveria fazer a experiência de uma vida melhor, se sentir mais divinizado, pois somos filhos de Deus e não filhos do mundo. Fisicamente muitos parecem estar vivos, mas na vida espiritual estão vegetando para não dizer mortos. Amigo seja vivo, não esperto para o mundo, mas, vivendo a vida como quem tem a certeza de se preparar para o encontro pessoal com Deus, e com Ele viver eternamente após esta vida. Só celebra verdadeiramente a passagem da morte quem acredita na ressurreição para a vida eterna.

 

Crissiumal, 26/10/14 Pe Renato José Rohr, scj

Postado: Leila Ruver
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