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Texto de Opinião - 25/01/2017 - Os pequenos gestos-Por Padre Renato José Rohr


Leia na íntegra

É um sim ou um não, um olhar, uma mão estendida, uma pequena ajuda, um copo d’água, ou uma fatia de pão dados com alegria, um pequeno gesto de gratidão. Ao Fazer bem as pequenas aprendemos a ser dignos de grandes obras.

 

Quem não se contenta com o pouco certamente não será digno de muito. A expressão “quem não valoriza as pequenas coisas não merece as grandes” é um provérbio que nos faz refletir. Assim como a natureza não dá saltos também nós nos exercitamos com pequenos gestos para mais tarde sermos capazes e realizar grandes obras. Quem não é fiel nas pequenas coisas de cada dia, é muito difícil que alguém lhe confie coisas ou tarefas mais importantes. Ninguém nasce grande. Existem muitas árvores grandes, mas, todas elas nasceram, como as demais, pequeninas plantas. Existe muita gente com grandes responsabilidades porque certamente foram muito responsáveis quando alguém lhes confiou pouco. Os grandes sábios certamente aprenderam muitas coisas pequenas e simples para se tornarem conhecedores e nos revelarem grandes descobertas por serem sabedores de muita ciência. Aliás, na verdade, só se torna grande quem é simples e sabe ser pequeno e humilde. Querem exemplo maior que o próprio Cristo que demonstrou tanto amor aos pequenos, mas, não deixou de fazer a vontade do Pai. Com tantos gestos de doação, renúncia e sacrifício, Ele fez a sua doação máxima no sacrifício da cruz. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo15, 13). Maria com um simples sim se dispôs a servir Jesus em toda sua vida e foi com Ele até a cruz e ressureição.

 

Os grandes santos certamente fizeram muitos pequenos gestos bons para se santificarem aprendendo assim a serem fiéis em gestos maiores que lhes foram confiados por Deus ou pelos próprios irmãos. Por este mundo afora, muita gente sonha com grandes obras e realizações, mas, tem o direito de aguardar maiores responsabilidades quem é fiel no pouco que lhe é confiado. Quem não é fiel no pouco não deve aguardar muito. O pior de tudo é que há pessoas, não qualificadas, que assumem cargos e recebem responsabilidades que não merecem. Pior ainda é que há pessoas às quais são confiadas responsabilidades e se aproveitam fazendo uso para o próprio bem o que é do bem comum. 

 

Nós, que aspiramos as coisas do alto, devemos ser fiéis, mesmo nas coisas passageiras e terrenas, pois, é aqui que demonstramos quem somos. Se formos merecedores das pequenas coisas, e nos mostramos dignos ou não do que perecível, poderá nos ser confiado o que não é perecível. É nos gestos cotidianos que demonstramos se merecemos confiabilidade e responsabilidade sobre o que é mais valioso.

 

Amigo e amiga! Sejamos sempre fiéis no pouco que nos é confiado para um dia merecermos confiabilidade sobre mais. É importante cada um ser fiel no pouco ou no muito para ter a consciência em paz e ser feliz.

 

Boa Vista do Buricá, 25/01/17 Pe. Renato José Rohr scj.

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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