Notícia

Vera Academia - 24/06/2016 - Coluna Vera Academia dia 24062016


Vitamina D contra a perda de massa muscular do idoso

 

A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. Afinal, ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância. Alguns alimentos, especialmente peixes gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Levando-se em consideração a baixa qualidade alimentar que se observa hoje em dia, a deficiência desta vitamina é comum entre a população, principalmente em indivíduos idosos, entre 60 e 80 anos de idade.

 

De forma fisiológica, alguns órgãos corporais estão relacionados ao metabolismo da vitamina e tem o seu funcionamento comprometido pelo processo de envelhecimento, aumentando a incidência da deficiência, além da carência nutricional dietética. Por ser hidroxilada no fígado, o metabolismo da vitamina D pode diminuir pela doença hepática e sua ativação nos rins também pode ser afetada. Para os idosos, as consequências de um nível baixo de vitamina D, insuficiência renal e uma baixa ingestão de cálcio pode resultar em hiperparatiroidismo secundário suave, o que causa um aumento na reabsorção óssea e que está associado com a osteoporose e aumento da gordura corporal.

 

A presença de receptores para a vitamina D foi demonstrada em muitos órgãos, principalmente nos músculos esqueléticos. Além disso, os receptores de vitamina D nos tecidos reduzem de número conforme a idade avança, principalmente nos ossos e músculos esqueléticos, sendo que esta informação está diretamente associada a sarcopenia (perda de massa muscular), já que a ativação dos receptores nucleares dos músculos diminuem pela falta da vitamina D, aumentando o processo inflamatório local, aumentando assim o catabolismo muscular. O aumento e a manutenção dos níveis plasmáticos de vitamina D estão associados a maior força muscular, aumentando a estabilidade do corpo e a capacidade física em indivíduos mais velhos. 

 

Desta forma, a avaliação bioquímica e nutricional dos valores da vitamina D do indivíduo idoso é o primeiro passo para detectar possíveis carências. A prática do treinamento de força, como a musculação, se torna essencial para os idosos na prevenção da redução de massa óssea e muscular.

 

Postado: Leila Ruver
Vídeos