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Ageleite - 21/09/2011 - Momento Leite 031


Confira os destaques desta edição

 

Destaques da edição nº.31 - Momento Leite:
- Guerra fiscal e importações do Mercosul prejudicam setor leiteiro do Rio Grande do Sul
- Lácteos levam ministro à Argentina
- Preços internacionais das commodities lácteas cedem

Guerra fiscal e importações do Mercosul prejudicam setor leiteiro do Rio Grande do Sul -  O fechamento de duas unidades de lácteos nos últimos dias, com a alegação da necessidade de redução de custos pelas empresas, revela as dificuldades de competição do setor no Rio Grande do Sul. O problema tem origem em diferenças tributárias e é agravado pelo avanço das importações de produtos do setor. Apesar de o consumo interno estar em alta, o leite longa vida gaúcho, por exemplo, perde mercado devido a incentivos tributários à industrialização em outros Estados, o que faz o produto envasado no Rio Grande do Sul chegar 20% mais caro em São Paulo e 8% no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, a saída encontrada pelas empresas instaladas no Estado foi apostar na produção de leite em pó e queijos, com custos menores de transporte para o centro do país, observa o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. A alternativa, porém, começa a esbarrar na importação cada vez maior de lácteos, capitaneada justamente por leite em pó e queijos do Mercosul, que têm a entrada facilitada pelos custos de produção menores e câmbio favorável. Conforme o Sindilat, até agosto, o país importou 56 mil toneladas de leite em pó, mais do que todo o volume de 2010. – Não conseguimos concorrer com o preço do produto que está entrando – diz Palharini, sustentando que, enquanto o quilo do leite em pó do Mercosul chega a R$ 7, o custo de produção no Estado fica em R$ 8,50, em média. (Zero Hora)

Lácteos levam ministro à Argentina - O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, vai pessoalmente à Argentina ajudar nas negociações das cotas de importação de lácteos. Segundo ele, a situação tem evoluído nas últimas semanas. Na contramão, segmentos ligados ao mercado produtor brasileiro reclamam de "inundação" de produtos dos vizinhos e pedem uma "rápida" resolução do problema. Segundo o Ministério da Agricultura, as importações de lácteos da Argentina e do Uruguai cresceram 185% de agosto de 2010 a agosto deste ano. No próximo dia 28, em Buenos Aires, representantes do setor privado do Brasil e da Argentina e membros dos governos dos dois países farão a terceira reunião para discutir a renovação do acordo de limitação voluntária das exportações de leite argentino para o mercado brasileiro. Representantes do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento e Indústria, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento Agrário estarão presentes. A intenção do Ministério da Agricultura é que haja um fluxo regular de oferta da matéria-prima, sem "surtos" de importação. O total de importações de leite em pó até agosto atingiu 56 mil toneladas e já superou as 52 mil toneladas do ano passado inteiro. O caso do queijo é semelhante. Foram 21 mil toneladas em 2010, contra 20 mil nos oito primeiros meses deste ano. Os argentinos pressionam para que o Brasil também assine um acordo nos mesmos moldes com o Uruguai para limitar as exportações para o mercado brasileiro. Os produtores do país alegam que, ao limitar suas vendas, perdem espaço para os uruguaios. (Milkpoint)

Preços internacionais das commodities lácteas cedem - Os preços internacionais das commodities lácteas cederam durante o terceiro trimestre de 2011. A acentuada deterioração da demanda nos Estados Unidos e União Europeia e as previsíveis importações da China e Rússia foram o contraponto ao sólido crescimento da oferta, e insuficientes para absorver a resposta que os produtores deram aos preços atraentes. As previsões para os últimos meses de 2011 são de maiores ofertas no mercado internacional, com excedentes crescentes no Hemisfério Norte e uma forte temporada no Hemisfério Sul. Mesmo que a demanda bata níveis recordes, impulsionada pelas quedas recentes dos preços, ainda assim, parece que a oferta estará além da capacidade dos compradores aos preços correntes. Desta forma, é provável que os modestos preços do comércio internacional sejam ainda mais pressionados para baixo, no quarto trimestre de 2011. (Terra Viva)

Para acompanhar os destaques do Momento Leite acesse: www.guiacrissiumal.com.br

Postado: José Valdenir Mallmann
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