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Saúde - 16/04/2024 - Como o surto de dengue afeta os crissiumalenses


Empresas também tem tido dificuldades

Com pouco mais de 1000 casos oficiais, porém um número muito maior de casos, contando as pessoas doentes que não procuraram as autoridades de saúde, o surto de dengue que Crissiumal enfrenta é o maior e de forma disparada o pior de sua história. Até agora uma morte foi confirmada em virtude da doença.

A dengue saturou os serviços de saúde da cidade, tanto públicos, quanto particulares, com recordes de atendimentos, causando muitos transtornos, exigindo muito dos profissionais do ramo.

O dia a dia dos crissiumalenses também é afetado pelo surto. Muitas empresas tiveram dificuldades nas atividades diárias pela falta de colaboradores. Estabelecimentos comerciais conhecidos na cidade tiveram dificuldades e até diminuíram a forma de atendimento em virtude da ausência de pessoal.

O Guia Crissiumal procurou nessa terça-feira, três das principais empresas industriais empregadoras da cidade para saber como a dengue afetou a produção. 

Na Piratini Indústria Moveleira, Jean Michael Kist revelou ao site que ele acredita que houve mais profissionais afastados pela dengue, do que pela covid nos anos de pandemia. Ele destacou que faltou bastante gente e que inclusive a empresa tem custeado os testes para facilitar o diagnóstico aos trabalhadores.

Ademar de Quadros da empresa Atelier Noroeste relatou que em uma semana teve média de 23 colaboradores faltantes por dia e em outra semana de 18. Inclusive uma esteira foi parada na produção. A média de dias afastados de seus colaboradores foi entre 03 e 10 dias.

A Dilly Sports não se manifestou até o fechamento da matéria. Darci Hagemann da Atelier Andar não foi procurado em respeito ao falecimento de seu pai.

Na área agrícola os transtornos também foram grandes. Muitas famílias inteiras acabaram doentes por dengue, atrapalhando a safra de soja, a produção de leite e outros alimentos.

O setor público também foi afetado, com muitos afastamentos, entre profissionais das mais diversas áreas, administrativa, educacional e da própria saúde. Muitos estudantes faltaram às aulas.

E novos negócios surgiram ou se fortaleceram, como o atendimento de saúde à domicílio e a venda de caldo de cana (indicada por alguns especialistas para pacientes com dengue).

Postado: Clecio Marcos Bender Ruver
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