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Vera Academia - 16/01/2015 - Coluna Vera Academia do dia 16012015


Em forma depois do parto

 

A alimentação adequada, aliada à amamentação, faz maravilhas para secar os quilos extras, e tão necessários, da gravidez. Mas, tem algo na configuração do corpo que muda, e pede reforços para voltar ao que era antes. A barriga!

 

É o exercício, particularmente o abdominal, que ajuda a nova mamãe a se sentir confortável de novo com seu corpo após a chegada do bebê. Para começar, ou recomeçar, é indispensável a liberação do obstetra. De maneira geral, a atividade física é permitida após um mês ou 40 dias, em situação de parto normal, e em dois meses no caso de cesárea, que envolve uma delicada cicatrização interna. Ninguém ganha condicionamento físico na gravidez, de forma que é preciso começar suavemente, com caminhadas e alongamento. Mesmo superatletas precisam usar o bom senso e avaliar com o médico. Recomenda-se evitar nos primeiros três meses atividades de impacto, como corridas e saltos. Isso porque o hormônio relaxina, que afrouxa os ligamentos para permitir a passagem do bebê pela bacia, ainda está circulando, o que favorece lesões. No entanto, logo após o parto, quem já está acostumada pode fazer alguns exercícios simples de contração do períneo, para fortalecer essa região que é tão exigida na gravidez e no parto normal.

 

Após três meses, as caminhadas moderadas podem ser substituídas por percursos mais rápidos, de 30 a 45 minutos, procurando manter a frequência cardíaca próxima de 70% da máxima. É importante avaliar o próprio cansaço. A atividade física não deve ser extenuante, pois isso aumenta a produção de lactato, que pode alterar o gosto do leite e, segundo vários estudos, pode fazer com que o bebê mame menos. Abdominais são bem-vindos de duas a três vezes por semana, respeitadas as restrições do obstetra. Pode ser que se precise começar do começo, simplesmente testando a capacidade da mãe de contrair a musculatura, que fica quase esquecida durante os nove meses de gestação. É importante a avaliação de um profissional para checar se não houve diástase, que é o afastamento dos músculos reto-abdominais além do esperado.

 

Falta de tempo não é desculpa. Uma pequena aula de abdominais pode pedir apenas dez minutinhos! Quanto às caminhadas, por que não fazê-las empurrando o carrinho do bebê, procurando contrair o períneo, como se estivesse segurando o xixi? Enquanto que a mãe mostra as cores do mundo ao seu filho, seu corpo vai, de forma suave e segura, voltando ao que era antes.

Postado: Leila Ruver
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