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Geral - 14/02/2017 - Paralisações à vista no Rio Grande do Sul a partir de março


Cpers realiza assembleia geral no próximo dia 8 com indicativo de greve

Reajuste salarial, melhores condições de trabalho, fim do parcelamento, pagamento integral do 13° salário. As reivindicações de servidores públicos da área da segurança no Rio de Janeiro e Espírito Santo, que motivaram os protestos de familiares em batalhões, encontram eco no Rio Grande do Sul e colocam o Piratini em estado de alerta.

 

De acordo com o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar (Abamf), Leonel Lucas, a categoria já pressiona por uma mobilização mais intensa do que a de 2015, quando ocorreram dois dias de "aquartelamento" – a greve dos militares é proibida pela Constituição. O movimento de dois anos atrás teria sido a inspiração para as ações no Rio e em Vitória, segundo Lucas. Uma assembleia para definir o cronograma de ações está marcada para março.

 

Maior quadro do Estado, o magistério já dá como certa uma nova greve da categoria em 2017. No ano passado, foram duas paralisações, sendo que uma delas, entre maio e julho, durou 54 dias. A assembleia geral do Cpers irá ocorrer no dia 8 de março, já com indicativo de greve, segundo a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer.

 

O pacote do governo José Ivo Sartori e as propostas de reforma previdenciária e trabalhista do governo de Michel Temer serão o alvo das manifestações. Entre os projetos do Piratini, os mais polêmicos são os que tratam do fim da licença-prêmio, do adicional por tempo de serviço e da remuneração a funcionários cedidos a sindicatos.

 

– Se agora, com os projetos parados, o pessoal está pedindo mobilização, imagina o que pode acontecer depois. E, os professores entrando em greve, a categoria pensa "por que não, se todos estão no mesmo barco?" – avalia Lucas.

 

Secretário de Comunicação, Cleber Benvegnú afirma que o governo espera que as instituições "continuem tendo responsabilidade" e que uma greve é "tudo o que o Estado não precisa neste momento". Ele lembra que, mesmo diante das dificuldades financeiras, o Palácio Piratini vem honrando os reajustes salariais concedidos até o ano que vem pelo governo Tarso Genro (PT).

 

Fonte: ZH

Foto: Félix Zucco / Agencia RBS

Postado: Leila Ruver
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