O Dia das Crianças foi de festa para o Figueirense e seus torcedores. Em Porto Alegre, os catarinenses brincaram de jogar futebol, e deixaram o Grêmio na roda com a vitória por 3 a 1 conquistada na tarde desta quarta-feira, reafirmando a invencibilidade de oito anos no Estádio Olímpico.
Elias, Aloísio e Wellington Nem marcaram os gols do Figueira, que sobe provisoriamente para a nona colocação, com 41 pontos. Edcarlos descontou para o Grêmio - ainda com 39, por enquanto no 12º lugar.
Pela 30ª rodada, o Grêmio visita o Santos às 16h do próximo domingo, na Vila Belmiro. Antes, às 18h de sábado, o Figueirense recebe o América-MG, no Estádio Orlando Scarpelli.
Brincadeira
Em sua própria casa, o Grêmio decidiu ser um anfitrião afável. E ofereceu ao Figueirense o presente: entrar na área de Victor estava mais fácil que roubar pirulito de um bebê.
Bem posicionado no 4-4-2 com meio-campo em losango, o time catarinense fechou espaços e não deixou o Grêmio entrar na brincadeira. Com a bola, só quem participava eram os visitantes.
Inicialmente voltado à defesa, o Figueirense diagnosticou a facilidade para avançar frente à passividade gremista. Em ritmo de feriado, os tricolores apenas assistiram aos gols quase simultâneos de Aloísio e Elias, após os trinta minutos.
Sem infiltrações, o Grêmio passou a arriscar de longe, com Douglas e Marquinhos - ambos acertaram o travessão.
Feriado
Elias foi o regente do Figueirense e foi errar o primeiro passe apenas aos 15 do segundo tempo. De seus pés organizaram-se as melhores transições do time, que segurou o Grêmio com naturalidade.
No intervalo Celso Roth ainda tentou reanimar a equipe. Saíram Rafael Marques e Escudero, entraram Gilberto Silva e Miralles. Os problemas técnicos, entretanto, persistiram - principalmente os erros nos passes e cruzamentos.
Sem conseguir entrar na área, o Grêmio investiu na bola alta. Douglas cruzou para Edcarlos, zagueiro que recebia críticas pela participação no primeiro gol do Figueira. E, de cabeça, ele fez 2 a 1, dando indícios de uma reação à moda tricolor. Seis minutos depois, entretanto, Wellington Nem brilhou. Primeiro, brincou de pega-ladrão com Gilberto Silva. Depois, de pique-esconde com Victor. Driblou ambos, e fez o terceiro gol do Figueira, destruindo um sistema defensivo que estava de feriado.
Ele, na sequência, desperdiçou mais três chances para golear, exagerando nas firulas. Gremistas, atônitos, procuraram os portões de saída do Olímpico. O Figueira, alguns pensavam, não sabe brincar.
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Empate em Barueri frustra pretensões de São Paulo e Inter no Brasileirão
Tricolor pode ver líder Corinthians abrir seis pontos de vantagem, enquanto que o Colorado perdeu a chance de se aproximar do grupo da Libertadores
Um jogo que valeu pelo segundo tempo, onde São Paulo e Internacional buscaram o gol, perderam chances e que por isso, deixaram o gramado lamentando o 0 a 0 da Arena Barueri, resultado que pode ser considerado péssimo para as duas equipes. Para o Tricolor, que completou seu quinto jogo sem vitória no Campeonato, ficou o temor de que o sonho de brigar pelo título junto com Vasco e Corinthians, aos poucos, está se transformando em pesadelo. Para o Colorado, a meta de chegar a Taça Libertadores da América de 2012 está ficando cada vez mais complicada.
Na tabela de classificação, a equipe de Adilson Batista manteve a terceira colocação, com 48 pontos e pode ver o líder Vasco abrir seis pontos na tabela de classificação. Já o time de Dorival Júnior segue na sétima colocação, com quatro pontos a menos. Os dois times voltarão a campo no final de semana. O São Paulo irá até Goiânia para enfrentar o Atlético-GO, no Serra Dourada, às 18h. Já o Internacional terá o Avaí pela frente, no mesmo dia, no estádio Beira-Rio.
Jogo fraco no primeiro tempo
Muita marcação, alguns lances ríspidos e pouca inspiração. É dessa maneira que pode ser explicado os primeiros 45 minutos de jogo entre São Paulo e Internacional. O Tricolor, com um time lento, não conseguiu penetrar da defesa colorada. Os gaúchos, por sua vez, tinham qualidade no toque de bola, mas faltava a aproximação dos homens de meio ao único atacante escalado em campo (Delatorre).
Adilson Batista repetiu a base do time que empatou por 3 a 3 com o Cruzeiro, com Cícero e Rivaldo. E, se essa alternativa funcionou em Sete Lagoas, já que o rival mineiro saiu para o jogo e deixou espaços para o toque de bola, em Barueri mostrou ser um erro. Lentos, os dois pouco participaram da partida, o que obrigou Dagoberto a recuar o tempo todo para vir buscar a bola. Com isso, Luis Fabiano praticamente não foi notado, já que sozinho, pouco fez contra Rodrigo Molejo e Índio.
Os primeiros 15 minutos mostraram o Internacional com uma marcação muito forte, no campo todo. Sem saída de bola pelo meio, a alternativa são-paulina era a saída com o zagueiro João Filipe. Jean e Juan até participaram do jogo tentando apoiar pelas laterais, mas falharam demais nos passes. E, quando recuperava a bola, o Inter tentava surpreender no contra-ataque. Porém, faltava força no ataque.
Não é possível dizer que nenhum time perdeu uma grande chance. O São Paulo chegou em dois lances, com Cícero e Dagoberto, mas Muriel trabalhou bem. Do lado colorado, que concentrou seu jogo do lado esquerdo, principalmente nos pés de D'Alessandro, ninguém obrigou Rogério Ceni a trabalhar.
Emoção e chances perdidas na etapa complementar
O São Paulo foi obrigado a fazer uma alteração no intervalo: João Filipe sentiu lesão no tornozelo e deixou o gramado para a entrada de Xandão. O Tricolor retornou mais ligado, apertando a saída de bola colorada, que seguia com a clara proposta de valorizar ao máximo a posse de bola. Aos dez, Bolatti errou na saída de bola e Luis Fabiano fez passe açucarado para Dagoberto, que tentou cruzar para Rivaldo, ao invés de bater para o gol e perdeu boa chance. Aos 18, Dorival Júnior mexeu no Internacional, sacando Delatorre, o único atacante em campo, para colocar o lateral-esquerdo Leonardo, ex-Portuguesa. Com isso, a ordem era para aproveitar. Aos 22, na primeira jogada perigo gaúcha, D'Alessandro recebeu de Ilsinho e bateu por cima, com perigo.
Para dar mais movimentação ao seu meio-campo, Adilson Batista resolveu voltar a apostar em Casemiro, que entrou na vaga de Carlinhos Paraíba. Aos 28, na melhor jogada tricolor na partida, Xandão lançou Luis Fabiano, que cabeceou para Dagoberto, que tocou para Rivaldo que, de primeira, bateu à esquerda de Muriel. Logo depois, Dorival mexeu novamente no Inter, com João Paulo na vaga de Ilsinho. O Colorado, aos 30, perdeu gol incrível com D'Alessandro, que recebeu dentro da área e, cara a cara com Rogério Ceni, tocou à esquerda de Ceni.
Os últimos 15 minutos de jogo mostraram o Inter mais organizado em campo. A estrategia de não ter um atacante fixo na área confundiu a marcação do São Paulo, que se perdeu. O time, no desespero, foi com tudo para o ataque. Aos 37, Marlos entrou na vaga de Dagoberto. Dois minutos depois, após rápido contra-ataque, João Paulo recebeu de D'Alessandro e bateu em cima de Rogério Ceni. No minuto seguinte, o mesmo João Paulo, em jogada individual, quase fez um golaço. Apesar da luta das duas equipes, o 0 a 0 permaneceu até o final.
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