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Agricultura - 07/07/2011 - BB quer que crédito agrícola seja atrelado a seguro


Com a contratação do seguro, o risco ficaria atrelado aos recursos do governo

 

O Banco do Brasil quer que todo agricultor que obtenha financiamento subsidiado pelo governo contrate um seguro para sua produção. A proposta já foi encaminhada pelo vice-presidente de agronegócios da instituição, Osmar Dias, à equipe econômica, mas encontra resistência do Ministério da Fazenda. Segundo ele, apesar de os recursos disponíveis para a safra serem do Tesouro Nacional, o risco da operação cabe aos bancos - públicos e privados. Com a contratação do seguro, o risco ficaria atrelado aos recursos do governo.

 

— Talvez não seja uma proposta muito simpática, nem para os produtores, mas periodicamente o Brasil está renegociando as dívidas — considerou Dias.

 

Para ele, se a proposta for aceita, a contratação do seguro poderá ser barateada, já que o universo de contratantes se ampliará.

 

— Hoje, o prêmio é muito caro, mas se ampliarmos a base, a contratação sai mais barata e diminuirá os riscos para o governo e o produtor — argumentou.

 

O modelo de seguro que o vice-presidente gostaria que fosse utilizado é o que foi lançado para o Plano Safra 2011/2012. Em conjunto com a Mapfre, o BB disponibilizará para o produtor um serviço que garantirá ao produtor a diferença de faturamento ocasionada por eventos climáticos e o ressarcimento da redução de receitas causadas pela variação de preço do produto no mercado. O seguro contará com isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e subsídio federal, em média de 50% do valor do prêmio. A estimativa é de que o seguro atinja R$ 500 milhões.

 

— Há muito tempo os produtores rurais sonhavam com seguro de renda — disse.

 

Por enquanto, o seguro será ofertado apenas para os produtores de soja, como um projeto piloto, mas a expectativa é a de que, se der tudo certo, os produtores de milho também tenham acesso ao produto na próxima safra.

 

— Estamos garantindo 70% do faturamento que o produtor teria se tudo ocorresse bem com clima e preço. Geralmente é 70% apenas do custo — comentou o vice-presidente.

 

AGÊNCIA ESTADO

 

 

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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