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Esportes - 06/11/2011 - Inter perde para o Fluminense no Beira-Rio e desperdiça a chance de entrar no G-5


Com gols de Rafael Sobis e Rafael Moura, time de Abel Braga venceu o Inter em casa

 

Inter perde para o Fluminense no Beira-Rio e desperdiça a chance de entrar no G-5 Mauro Vieira/Agencia RBS
Rafael Sobis marcou o segundo gol, mas não comemorou Foto: Mauro Vieira / Agencia RBS

 

Tinha tudo para o Inter estar brigando pelo título do Brasileirão neste momento. Eram mais de 38 mil torcedores no Beira-Rio e não havia desfalque para encarar o Fluminense, na noite deste domingo. Mas um filme conhecido se repetiu: um ex-jogador do clube retorna à casa e marca contra a equipe gaúcha. Com direito a gol de Rafael Sobis, os cariocas venceram por 2 a 1.

O resultado deixou o Inter na sétima colocação, com 51 pontos a quatro do G5. Já o Fluminense ficou na terceira colocação, com 56. Corinthians e Vasco dividem a liderança, com 58 cada. E o placar só não foi mais elástico porque Muriel evitou o gol. Defendeu bola, quando Araújo apareceu livre na área.


Era um jogo incomum no Beira-Rio. A seis rodadas do encerramento do campeonato, era uma decisão, mas nem pareciam duas equipes rivais na luta por vaga na Libertadores ou até o título. A prova disso foi a faixa sobre a torcida Guarda Popular, com a imagem de Abel Braga, técnico do Fluminense.

A torcida colorada foi grata com o treinador campeão mundial pelo clube em 2006, assim como Rafael Sobis, atacante que alcançou duas vezes o topo da América vestindo vermelho. Ecoaram aplausos das arquibancadas quando ambos saíram da casamata. Abel ficou balançado.

Muito feliz de encontrar esse estádio. É muito lindo. Alegria muito grande. O vermelho está marcado no fundo do coração até a morte contou, logo após de acenar para a torcida.

O jogo

Com o apito inicial, um jogo absolutamente tático, de muita marcação. O detalhe é que daria vazão ao resultado. Foi assim aos nove minutos, quando Oscar teve uma daquelas chances raras de abrir o marcador: atacante contra goleiro. Com um toque leve, Oscar conseguiu tirar do arqueiro. Por poucos centímetros, a bola saiu.

A "falsa amizade" do Inter com o time visitante se encerrou aos 17 minutos na tão falada bola aérea do Fluminense. Deco alçou a bola da direita em um cruzamento que tirou Muriel da jogada. Bem posicionado, Rafael Moura desviou de cabeça para as redes.

Oscar era o jogador mais ativo pelo lado do Inter. Não faltava fôlego, nem velocidade para o meia-atacante que se aproximava ao máximo de Leandro Damião. Em duas chances seguidas, foi vencido por Diego Cavalieri. Era questão de calibrar o pé.

Em uma inversão de papéis, o Inter chegou à igualdade, aos 36 minutos.

Pelo lado direito, Damião construiu a jogada e lançou a bola para o meio da área. Como centroavante, Oscar apareceu bem posicionado e, desta vez, teve a precisão para acertar o canto direito do Cavalieri: 1 a 1. Recomeça tudo de novo.

"A pior sensação possível"

Só que o Fluminense cresceu, adiantou a marcação, e o Inter se perdeu. Deixou de ter o mesmo ímpeto ofensivo. Cedeu o campo e perdeu as ações de jogo.

O pior aconteceu, em nova falha defensiva. Mais uma vez, Deco fez o lançamento e achou Rafael Sobis livre na entrada da área. No Beira-Rio, como poucos, o atacante sabe o que fazer com a bola. Bateu cruzado no canto esquerdo de Muriel. Saiu sem comemorar, aos 48 minutos.

É a pior sensação possível. Nunca me vi fazendo gol no Inter. Mas é o meu trabalho disse Sobis, antes de voltar para o vestiário.

Segundo tempo

O segundo tempo voltou truncado, combativo, complicado para o Inter. O Fluminense havia decidido não apenas ficar resguardado no campo defensivo. Segurava a posse de bola, girava de lado a lado, trocava passes atrás. O objetivo claro era de irritar os colorados.

Timidamente, o time gaúcho teve a chance de empatar aos 14. Oscar recebeu na área e girou, mas Damião não chegou a tempo. Na sequência do lance, Ilsinho entrava na vaga de Andrezinho. Dorival mantinha o sistema tático que já não funcionava. E foi assim que continuou. "Nervoso", o Inter praticamente não criava ofensivamente e uma derrota se desenhava.

Aos 26, Dorival decidiu apostar todas as fichas, trocando o esquema para o 4-4-2. Colocou Zé Roberto e Tinga nas vagas de D’Alessandro e Guiñazu. A resposta de Abel foi imediata com o volante Diguinho na vaga de Deco. O Inter até ganhava o campo ofensivo, rondava a área adversária e tentava cruzamentos. Chances reais de gol, entretanto, não existiram.

Pior ainda aos 37 minutos, quando Juan foi a figura que representou o time no segundo tempo. Com os ânimos acirrados, cometeu falta dura e recebeu o segundo cartão amarelo. Acabou expulso.

E o Fluminense seguiu na tática de irritar o time gaúcho. Retia a bola ao máximo. Aos 40, Damião teve a melhor chance da segunda etapa. Bateu cruzado, de fora da área. Tinga também tentou, mas foi vencido por Cavalieri. Errou a última oportunidade de empatar.

Agora, resta ao Inter tentar vencer as últimas cinco decisões. Na primeira "final", saiu derrotado. Dorival ainda terá de improvisar o camisa 9, já que Damião recebeu o terceiro amarelo.

 

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Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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