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Agricultura - 05/12/2012 - Preço do tabaco segue indefinido


Encontros aconteceram na segunda-feira

 

Finalizada a segunda rodada de negociação, o preço do tabaco para a safra 2012/13 continua indefinido. Os novos encontros individuais, ocorridos nesta segunda-feira, dia 3, na sede da Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetag/RS), em Porto Alegre, envolveu a comissão interestadual dos produtores, formada por membros da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e das Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep), e representantes de quatro empresas fumageiras.

 

De acordo com o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, a Souza Cruz elevou sua oferta para 6,9%, ante os 6,4% propostos no encontro anterior. Entre as empresas que ainda não tinham revelado suas ofertas, a Philip Morris oferece reajuste de 7%, Alliance One, 6,3%, e a Universal Leaf, 6%. Ausente do encontro, a JTI reiterou, por carta, a oferta de 6% sobre sua base de cálculo, feita na reunião realizada na sede da Fetaesc. 

 

Na negociação de hoje, a representação dos produtores (que na primeira rodada se limitou a apresentar a evolução do custo de produção, de 9,6%) apresentou sua proposta de aumento. Ela é de 8,25% sobre a tabela praticada na safra passada. Sobre o índice, cuja apuração leva em conta uma produtividade menor para esta safra, a comissão diz que, com o valor médio a ser pago pela indústria na comercialização, o percentual proporcionará lucratividade ao produtor. As empresas, segundo Werner, prometeram analisar e se manifestar nos próximos dias.

 

Para a comissão, revela o presidente da Afubra, a nova rodada de negociação frustou a expectativa da comissão. Ela entendia que a proposta a ser apresentada nas reuniões de hoje se aproximariam mais do pedido das entidades. "As indústrias não estão valorizando o trabalho do fumicultor, mesmo diante de um ano que apresenta cenários positivos de mercado, como câmbio favorável, estoques baixos e safra dentro de melhores padrões de qualidade". Werner conclui dizendo que, no momento, elas se limitam a oferecer uma variação que poderá comprometer a margem de lucratividade dos produtores, bem como a manutenção de parte deles na atividade.

 

 

Fonte: Afubra

Colaborou Neila Daronco, Jornal A Notícia

Foto: Guia Crissiumal Arquivo

 

 

Postado: Leila Ruver
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