Confira entrevista do homem ao Jornal Zero Hora
Depois de uma negociação que se iniciou às 11h de quarta-feira e se estendeu até as 23h, pela primeira vez o homem investigado pela Polícia Civil pelo desaparecimento de Cíntia Luana Ribeiro de Moraes, no noroeste gaúcho, concordou em falar, sob a condição de não ter revelados seu nome e sua imagem, mantidos em sigilo pela polícia.
Ex-namorado e suposto pai do bebê de Luana, ele tem 27 anos, é casado e divide seu tempo trabalhando na propriedade do seu sogro no Paraguai e na do seu pai, em Humaitá, cidade próxima a Três Passos. A conversa aconteceu na casa da mãe dele, no centro de Humaitá:
Zero Hora — Depois de se encontrar com o senhor, em 13 de julho, Luana nunca mais foi vista. O que aconteceu?
Ex-namorado — Não sei. Depois de soltá-la perto da rodoviária, nunca mais tive notícias do seu paradeiro.
ZH — Naquele dia, sobre o que vocês conversaram?
Ex-namorado — Conversamos sobre o filho. Eu queria saber se era meu. Para mim, as datas não fecham, porque a última vez que ficamos juntos foi em outubro do ano passado. Também queria ver se ela tinha barriga. Aparentemente, não tinha. Mas ela insistia que estava grávida e que o filho era meu. E que deveríamos ficarmos juntos. Respondi que não tinha como e pedi que tivesse o filho fora de Três Passos, para evitar problemas com a minha esposa. Depois do nascimento, nós faríamos o teste de DNA.
ZH — O que ela respondeu?
Ex-namorado — Houve uma discussão entre nós. Mas, no final, ela respondeu que poderia sair na cidade, sem dizer para onde iria. Mas que não tinha dinheiro. Daí ofereci R$ 2 mil, ela não aceitou. Subi para R$ 5 mil, continuou não aceitando. No final, fechamos em R$ 10 mil, que seriam usados para as despesas até a criança nascer e fazermos o teste de DNA.
ZH — Entre as linhas de investigação da polícia há duas que o incluem. Uma delas é de que o senhor teria pago R$ 50 mil para um grupo de amigos seus dar um sumiço na Luana. A outra é que a teria levado para um lugar, provavelmente fora do país, onde estaria vivendo com ela. Qual a sua opinião?
Ex-namorado — Já conversei com a polícia sobre as duas hipóteses, que considero absurdas. Os policiais já falaram com os meus amigos e não encontraram nada. Mas o mais absurdo é pensar que eu esteja mantendo a Luana escondida. Meu Deus, eu daria tudo que tenho e mais um pouco para acabar com toda essa situação que está destruindo a minha família e a família dela também.
Leia a entrevista completa na Zero Hora desta sexta-feira.
ZERO HORA
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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