Notícia

A pedido - 03/08/2014 - Publicação A Pedido da Direção do HCC de Crissiumal-Santas Casas e o descaso do governo


 

A menos de três meses das eleições, a crise financeira dos hospitais filantrópicos volta à pauta. Em São Paulo, a Santa Casa teve que suspender o atendimento  e depois de muito bate-boca, numa briga política, entre o governo estadual e federal a instituição recebeu R$ 3 milhões do Governo do Estado.

 

Mas o problema é muito mais amplo alerta o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcício Perondi (PMDB-RS). Ele afirma que é sintoma da crise do SUS – Sistema Nacional de Saúde que atinge todos os hospitais filantrópicos do país.

 

Não há como resistir

 

Segundo Darcisio Perondi, de cada R$ 100,00 reais que o governo repassa apenas R$ 60,00 vai para os hospitais filantrópicos, entre eles Santas Casas e Hospitais Universitários. Com esses valores “não há como resistir”. Diz que “a inflação na saúde é três vezes maior que o índice oficial do governo. De cada R$ 100,00 reais investidos em saúde, no Brasil, R$ 75,00 são da iniciativa privada e R$ 25,00 é gasto público”.

 

Descaso do Governo

 

O diretor-geral da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), José Luiz Spigolon (foto), culpa o governo federal pela crise financeira que atinge as Santas Casas. Ninguém consegue fazer milagre de repor dois terços do dinheiro”, protesta.

 

Na avaliação de Spigolon, o que ocorre em São Paulo é o retrato do que deverá ocorrer em outras Santas Casas do país. “Tem hospitais que vão se aguentar um pouco mais, tem outros que vão estourar”, afirmou. “No mínimo, custa três vezes mais do que o sistema está pagando.

 

Spigolon disse que tem insistido e levado ao Ministério da Saúde e ao governo como um todo a preocupação com a situação  em relação ao financiamento das ações do Sistema Único de Saúde (SUS).”Hoje em um parto o Ministério da Saúde paga pouco menos de R$ 500. Esse parto não sai por menos de R$ 1,2 mil para os hospitais de custo na média nacional”.

 

Resistência do Governo

 

José Luiz Spigolon disse que o governo resite em colocar mais dinheiro. “Precisa aumentar o volume de recursos federais no financiamento da saúde. A população brasileira, por iniciativa da OAB e da CNBB colheram 2,4 milhões de assinaturas pedindo um projeto de lei de iniciativa popular para que o governo coloque 10% no mínimo de sua receita bruta para financiar a saúde. A área econômica do governo resiste ferozmente a essa ideia. Tanto é que a base do governo no Congresso Nacional não aceita de jeito nenhum esse projeto de lei de iniciativa popular”,

 

Avanços que não resolvem

 

Para Darcisio Perondi, comparando ao passado, aconteceram alguns avanços. O Governo Federal investiu R$ 124 milhões com mais de 120 hospitais do Rio Grande do Sul. São avanços, mas que não resolvem a crítica situação dos hospitais filantrópicos.

 

O parlamentar lembra que “os candidatos estão na rua. É hora de a população verificar quem estabelece a saúde e a educação como prioridade porque o atual governo não prioriza a saúde”.

 

Fonte: Blog do Edgar Lisboa (http://www.edgarlisboa.com.br/reporter-brasilia/santas-casa-e-o-descaso-do-governo/)

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
Vídeos