Levantamento aponta que perdas na cultura devem ultrapassar os 30% na safra 2019/2020
O tempo seco, a alta taxa de radiação solar, a baixa umidade relativa do ar e as altas temperaturas registradas nos últimos dias contribuíram para reduzir ainda mais os rendimentos nas lavouras de soja no Rio Grande do Sul. Um levantamento da Emater-Ascar aponta que as perdas na cultura devido à falta de chuvas regulares devem ultrapassar os 30%.
Lavouras situadas em municípios da Região Noroeste apresentam retenção de folhas secas, hastes verdes, queda de vagens, vagens sem grãos e falhadas, inclusive com morte de plantas. À medida que a estiagem avança, os grãos diminuem de tamanho e de peso, exibem rugosidade e esverdeamento do tegumento, causado por estresse térmico e hídrico. Esse quadro evidencia perdas significativas na qualidade fisiológica da semente, na redução da qualidade do grão, além de conferir maior índice de acidez do óleo.
Áreas já colhidas no Rio Grande do Sul têm mostrado altos percentuais de impurezas por causa da desuniformidade de maturação das plantas. Alguns produtores vêm realizando a dessecação pré-colheita a fim de padronizar as lavouras e reduzir as perdas.
Segundo o Informativo Conjuntural da Emater-Ascar, publicado na quinta-feira (19/03), as áreas semeadas com a oleaginosa no Estado estão nas seguintes etapas: desenvolvimento vegetativo (1%), floração (4%), enchimento de grãos (32%), maduro e por colher (45%).
Dos 5,9 milhões de hectares cultivados na safra 2019/2020, no Rio Grande do Sul, cerca de 20% já foram ceifados.
Fonte: Clic Portela / Foto: Guia Crissiumal
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver| Tweet |  |
