Notícia

Geral - 16/10/2018 - Pão francês pode ficar 10% mais caro no RS


Projeção é do Sindicato das Indústrias de Trigo do Estado

Para quem faz questão de incluir o pão francês no cardápio diário, a notícia é indigesta. 

A combinação de fatores como valor pago pela matéria-prima, reajustes na conta de luz e nas embalagens faz com que moinhos do Rio Grande do Sul projetem aumento no valor da farinha – o que refletirá nos produtos que levam o ingrediente. A estimativa de que o acréscimo fique em torno de 10% e venha no final deste mês ou no início do próximo. 

 

–  As empresas estão defasadas cerca de 10%. Quando há a expectativa de nova safra, o consumidor e o mercado pensam que os preços irão cair, é normal subir na entressafra e reduzir fora dela. Mas neste ano temos colheita bastante prejudicada pelo clima no Paraná – pondera Diniz Furlan, presidente do Sindicato das Indústrias de Trigo do Estado (Sinditrigo-RS).

Ele avalia que a redução na oferta fará com que os preços se mantenham ou até tenham leve alta, mesmo no auge da colheita. No Rio Grande do Sul, no entanto, o cenário ainda não está consolidado. A colheita de trigo se intensifica e o resultado final tem relação direta com o tempo. O excesso de umidade é muito prejudicial neste momento do ciclo, podendo afetar a qualidade do produto.

– Tudo depender muito do clima neste período. Se tudo ocorrer bem, ainda teremos uma boa safra – diz Altair Hommerding, coordenador da Câmara Setorial do Trigo na Secretaria da Agricultura.

Analista da Safras & Mercado, o economista Élcio Bento reforça que há temor de perdas por conta da chuva em excesso. A tendência, no entanto, é de recuperação em relação à colheita do ano passado. Sobre valores do cereal, tem avaliação diferente da do presidente do Sinditrigo-RS:

– Com relação ao preço, o grande fator é o câmbio. Estava subindo por conta do dólar acima de R$ 4. Mas como a moeda americana está se acomodando, a tendência é de que, mesmo com quebra de safra no Brasil, os preços do trigo se acomodem. Tá muito mais para cair do que para subir. 

Importante lembrar que, embora os valores possam ficar menores na comparação com os meses anteriores, ainda assim estarão acima dos de igual período do ano passado.

 

Fonte: ZH

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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