Notícia

Texto de Opinião - 12/01/2018 - Assunto para 2018 - Por Padre Renato José Rohr


Leia na íntegra

Paroquianos (as) amigos (as)! Um ano novo inicia e a novidade deste ano é que ele é dedicado aos leigos e leigas, ou seja, é o ano do Laicato já iniciado na festa de Cristo Rei. O documento 105 da CNBB convoca os leigos para serem atuantes tanto na Igreja quanto na sociedade. Leigo não é aquele que está fora ou por fora, mas é o cristão que como igreja age no mundo, não é apenas destinatário da evangelização mas é o sujeito da mesma. Os cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade devem ser luz e sal do mundo (cfr. Mt5,13,14). Com o tema e o lema: Cristãos leigos e leigas, sujeitos na “Igreja em saída”, a serviço do Reino.

O Documento 105 está dividido em três capítulos além de uma Introdução e conclusão. O primeiro capítulo é titulado “O Cristão Leigo, Sujeito na Igreja e no Mundo: esperanças e angústias” e trata da descoberta da vocação e missão do cristão leigo e leiga na Igreja e na Sociedade. O segundo capítulo é titulado: “Sujeito Eclesial: Discípulos Missionários e Cidadãos do Mundo” e trata da compreensão da identidade e da dignidade laical como sujeito eclesial e identifica a atuação dos leigos, considerando a diversidade de carismas, serviços e ministérios na Igreja. O terceiro capítulo, o mais longo, é titulado “A ação Transformadora na Igreja e no Mundo”, aborda a dimensão missionária da Igreja, indica aspectos, princípios e critérios de formação do laicato, e ainda aponta lugares específicos da ação dos leigos. A realidade eclesial, pastoral e social dos tempos atuais torna-se um forte apelo a uma avaliação, aprofundamento e abertura do laicato. O Concílio Vaticano II propõe: “O Caráter secular caracteriza os leigos. A vocação própria dos leigos é administrar e ordenar as coisas temporais, em busca do Reino de Deus”. O Beato Paulo VI lembra: Dos leigos, “a sua primeira e imediata tarefa não é a instituição e desenvolvimento da comunidade eclesial, este é o papel específico dos pastores. A primeira e imediata tarefa dos leigos é o vasto e complicado mundo da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes. Contudo, apesar do desenvolvimento da comunidade não ser a sua tarefa primeira, os leigos são chamados a participar da ação pastoral da Igreja (Documento de Aparecida n.211). Portanto, o leigo não pode substituir o pastor naquilo que lhe compete por vocação, o pastor não pode igualmente substituir o leigo naquilo que lhe é próprio vocacionalmente. A partir da sua vocação específica, cristãos leigos vivem o seguimento de Jesus na família, na comunidade igreja, no trabalho profissional, nas diversas participações na sociedade civil, colaborando assim na construção de uma sociedade justa e solidária. O cristão leigo na Igreja e no mundo é sal da terra e luz do mundo, assim Jesus definiu a missão que aos seus discípulos missionários confiou. As imagens do sal e da luz são particularmente significativas se aplicadas aos cristãos leigos . Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja e nenhum cristão vivem para si mesmos, no caso dos cristãos, somente surtirão o efeito da Boa Nova, se estiverem ligados a Jesus Cristo (João 15,18). O grande campo de ação dos cristãos é o mundo. Por isso o Concílio Vaticano II afirma que a Igreja está dentro do mundo, não fora. Na relação com o mundo a Igreja se vê pequena: pequeno rebanho, sal na comida, fermento na massa, semente lançada na terra. O grande campo de ação dos cristãos é o mundo. Por isso o Concílio Vaticano II afirma que a Igreja está dentro do mundo, não fora. Na relação com o mundo a Igreja se vê pequena: pequeno rebanho, sal na comida, fermento na massa, semente lançada na terra. Já em 1968                                                          o documento de Medellín (nº 10.2.6) destacava a importância da ação dos leigos cristãos na Igreja e na sociedade. Tal tema se repetiu no Documento de Puebla (1979 nº 786) que identifica os leigos como homens e mulheres da Igreja no coração do mundo e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja. O Documento de Santo Domingo (1992 nº 98) os chamava de protagonistas da transformação da sociedade. Já o Documento de Aparecida (2007 nº 213) pediu maior abertura de mentalidade para que entendam e acolham o ser e o fazer do leigo na Igreja, que por seu Batismo e Confirmação é discípulo e missionário de Jesus Cristo. Em 1.999 o episcopado brasileiro lançou o documento 62 “Missão e ministérios dos cristãos leigos” que oferece à Igreja orientação para o discernimento sobre o laicato e sua atuação na organização dos ministérios na comunidade.                                                             

Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (nº 20.24) o Papa Francisco lança um vigoroso chamado para que todo o povo de Deus saia para evangelizar. Por último, o Ano da Misericórdia (08/12/2015 a 20/11/2016) convida a abrir as portas do coração à prática das obras da misericórdia e ir ao encontro dos excluídos ou discriminados.

Portanto Leigos e leigas! Vamos agir! No meio da humanidade somos apenas 15%, sejamos sal e luz!

Ariquemes, janeiro 2018 Pe. Renato José Rohr, scj

 

Postado: Leila Ruver
Vídeos