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Texto de Opinião - 05/12/2017 - Professora Cheila Plack Spohr escreve sobre o encerramento das atividades da Escola Madre Paulina


Leia na íntegra

“Escola Madre Paulina”

“Escola é o lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, programas, horários, conceitos... escola é sobretudo gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima...”      Paulo Freire.

No ano em que completa setenta anos de existência também encerra suas atividades uma das escolas mais tradicionais de Crissiumal. Quantos desafios, lições de vida, aprendizados, cochichos pelos corredores, tarefas de casa, provas, trabalhos, projetos, experiências, viagens de estudo, formaturas... Enfim, quantos alunos passaram por esta escola? Quantos funcionários, professores, diretores, pais, alunos e especialmente “Irmãzinhas da Imaculada Conceição” fizeram parte desta história? É impossível quantificar, assim como é impossível mensurar toda a energia, empenho e amor envolvidos nesta bela caminhada.

Uma escola movimenta a comunidade e a mantém viva, estimulando também várias atividades extraclasse. E a Escola Madre Paulina desenvolveu inúmeras, como oficinas de artesanato, treinos de educação física, ensaios de peças teatrais. Sem contar as várias equipes que utilizaram sua área coberta para jogos de vôlei e futsal. Antigamente suas salas de aula eram utilizadas pela Igreja Católica para aulas de catequese, sem contar o GEMP (Grupo Étnico Madre Paulina) que realizou seus primeiros ensaios na escola. Crescimento, interação e construção de conhecimentos...

Eu, professora Cheila, faço parte desta escola. Formei-me na Escola Guilherme Rotermund. Naquela época as escolas Guilherme Rotermund e Madre Paulina eram particulares, e talvez por este fato déssemos tanto valor à educação, aos professores e aos nossos pais que não mediam esforços para nos manterem estudando em escolas de qualidade.

Lembro-me que existia já naquela época certa competição entre as duas escolas. Mas isto era saudável e contribuía para a formação humana dos alunos. Nós amávamos nossas escolas, afinal elas eram nosso segundo lar.

Quem fez parte da história desta escola, de uma forma ou de outra, não deixará que tudo o que ela proporcionou à comunidade crissiumalense seja esquecido. Gratidão a grande contribuição que a Escola Madre Paulina, em nome dos seus mais diversos protagonistas, trouxe à educação de Crissiumal.

Estamos começando uma nova história em uma nova escola em 2018 e o que fica de lição além dos aprendizados e da espiritualidade é uma frase de Santa Paulina: “Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários!”

 

           Cheila Plack Spohr- Professora de Ciências das redes estadual e municipal de ensino.

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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