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Polícia - 08/04/2011 - Crianças teriam sido forçadas a ficarem de joelhos antes de serem executadas em Realengo


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Peritos que analisaram a cena do massacre ocorrido na quinta-feira, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, informaram haver indícios de que os estudantes foram forçados a ajoelharem-se, abaixar a cabeça, e em seguida foram executados pelo atirador, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. A hipótese é reforçada pela análise dos corpos das vítimas — a maioria tinha tiros na cabeça, disparados de cima para baixo.

— Procede a informação de que as crianças foram confinadas e de que o atirador pediu para que sentassem uma ao lado da outra. Isso, no entanto, vai ser bem definido nos laudos — afirmou em entrevista ao Bom Dia Brasil o perito criminal Denilson Siqueira.

Oliveira invadiu a escola armado com um revólver calibre 38 e outro calibre 32. Ele entrou no local carregando uma mala, que foi citada pelo próprio atirador na carta encontrada com ele, depois de morto. Segundo o perito Felipe Tsuruta, o conteúdo da mala também será analisada pela perícia.

— Encontramos a bolsa com alguns pertences. Essas provas serão avaliadas e processadas. Ainda não podemos divulgar o que havia nela — afirmou.

O perfil do atirador ainda é desconhecido para as autoridades do Rio de Janeiro. As investigações sobre o jovem, que provocou uma das piores tragédias ocorridas no país, serão intensificadas hoje. Parentes, amigos e vizinhos de Oliveira prestarão depoimentos, além de funcionários e estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira.
Investigações preliminares indicam que Oliveira apresentava um comportamento estranho nos últimos meses, desde que a mãe adotiva morreu, no ano passado. O pai já havia morrido. De acordo com os relatos, o atirador era introvertido e gostava de passar longas horas em frente ao computador navegando na internet.

Filho de mãe com problemas mentais que tentou o suicídio, Oliveira era o caçula de cinco filhos e foi adotado ainda criança. Tímido e retraído, segundo vizinhos, o atirador fazia poucas referências sobre a vida pessoal.

Um dos relatos de conhecidos dele informa que Oliveira mudou a aparência nos últimos meses, passando a usar basicamente roupas pretas. Na carta deixada por Oliveira, o atirador demonstra ter premeditado o crime, pois faz recomendações sobre como quer ser enterrado e o que deve ser feito com uma casa que deixou em Sepetiba, na zona oeste do Rio. Também pede perdão a Deus pelo ato que cometeu dando a entender que havia planejado detalhes da ação.

Ontem, policiais encontraram a casa de Oliveira, em Sepetiba, revirada com o computador e eletrodomésticos queimados. Para alguns policiais, o próprio atirador destruiu possíveis provas ou indícios que pudessem colaborar nas investigações. O último emprego de Oliveira foi como funcionário de uma fábrica de salsichas e ele pediu demissão no ano passado.

 

 

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O ataque:

Um homem identificado como Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, entrou armado nesta quinta-feira na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, por volta das 8h. Segundo testemunhas locais, ele chegou a conversar com professores e alunos e, em seguida, começou a atirar.

Uma das crianças conseguiu escapar e pediu ajuda a policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV) que davam apoio a uma blitz nas proximidades da escola, na Rua Piraquara. Ao chegar ao local, um policial atirou na perna do criminoso e pediu que ele largasse a arma. O homem caiu baleado e, ao ser rendido, atirou contra a própria cabeça.

Em gráfico, veja como foi o massacre

 


Confira a localização da escola:


Visualizar Homem invade escola no Rio de Janeiro e atira contra estudantes em um mapa maior

 

 

ZERO HORA, COM AGÊNCIAS

 

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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