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Leite - 10/06/2011 - Cooperativas do Sul se unem contra importação de leite


O aumento das importações de produtos lácteos está causando prejuízos para a cadeia produtiva

 

 

O aumento das importações de produtos lácteos está causando prejuízos para a cadeia produtiva, especialmente no Sul do País. Diante dessa situação, os Sindicatos e Organizações das Cooperativas dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Ocepar, Ocesc e Ocergs) estão cobrando do governo federal medidas para evitar que o problema se agrave ainda mais.

"As importações brasileiras de lácteos, em sua maioria leite em pó, que representaram 51% em 2010, principalmente de origem do Mercosul (85% em 2010), são abusivas e desnecessárias pois se aproveitam das vantagens econômicas trazidas pelo sistema cambial, atualmente favorável, impactando negativamente no mercado interno", afirmam os presidentes das três organizações João Paulo Koslovski, Marcos Antônio Zordan e Vergilio Frederico Perius, respectivamente, em ofício encaminhado aos ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Damata Pimentel.

Medidas - No documento, as três entidades solicitam que o governo aumente a TEC (Tarifa Externa Comum) de 28% para 35% para produtos lácteos. Propõem ainda a prorrogação, por mais 12 meses, do acordo entre Brasil e Argentina que limita o volume de importação em 3,3 mil toneladas/mês de leite em pó por importador, que vence em julho de 2011.

Os representantes das cooperativas do Sul também reivindicam a criação de cota para importação de leite em pó oriundo do Uruguai, nos mesmos moldes estabelecidos para Argentina.

As informações são da Ocepar, Ocesc e Ocergs, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

 

 

 

 

Importações - O Brasil está importando cada vez mais leite de países vizinhos e colocando em risco a cadeia produtiva doméstica, segundo as cooperativas dos três estados do Sul. Elas encaminharam manifesto sobre o problema a Brasília cobrando respeito às cotas de importação – 3,3 mil toneladas por importador –, a elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) – de 28% a 35% para países que não pertencem ao Mercosul – e uma estratégia de combate à triangulação. O setor alega que leite de outros continentes está entrando no Brasil sem pagar TEC, como se tivesse sido produzido na Argentina ou no Uruguai. O governo federal ainda não se posicionou diante das reivindicações e denúncias. (Gazeta do Povo)

 

Preços/PR - “O preço pago hoje ao produtor – entre R$ 0,70 e R$ 0,80 o litro – está cobrindo os custos porque estamos na entressafra. Mas, a partir de julho ou agosto, a oferta será maior. Corremos o risco de enfrentar queda repentina nas cotações”, argumenta Alexandre Monteiro, assessor técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). A importação cresce porque o real valorizado faz com que o produto brasileiro fique 15% mais caro que o dos países vizinhos. O déficit de 43 mil toneladas na balança comercial do leite do Brasil diante do Mercosul, registrado em 2010, deve se agravar neste ano. De janeiro a março, chegou a 22 mil toneladas. (Gazeta do Povo)

 

Leite/RS - A pouca chuva que caiu nos últimos dias no município de Bagé, extremo sul do Rio Grande do Sul, deixou a paisagem verdinha, mas não foi suficiente para o pasto se desenvolver bem. Além disso, os efeitos do frio que chegou na região também são sentidos agora. O cenário s ignifica prejuízo para criadores de gado como João Lemos, que já contabiliza queda de 50% na produção leiteira. No mesmo período do ano passado a produção obtida era de 140 litros por dia, hoje não passa de 70. Preocupado com a situação, ele decidiu vender animais do rebanho de gado de corte, que mantém na propriedade. (Globo Rural)

Postado: Leomar Martinelli
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