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Agricultura - 05/06/2011 - Brasil sofre goleada econômica da Argentina


Matéria sugerida pelo internauta Felipe Sehn, Engenheiro Agrônomo

 

Como os gaúchos desempregados e seus representantes não conseguem viabilizar a entrada das máquinas agrícolas produzidas no estado do RS na Argentina? A geração gaúcha virtuosa atual é tudo chimango? Me parece, acham bom ser desempregado esta geração. É assim mesmo? Em tempos atrás seria: soco, facada, tiro e bolo frito? Me impressiona a capacidade de engolir sem pressionar. Uma vez já foi bem diferente. Tem forma ativa que irá resolver este descaso do governo central com os gaúchos? Não vejo nenhuma reação até o momento. Tem algum estudante aí que queira uma vida melhor, digo esteja preparado para dar a cara a tapa, este poderia evidênciar tudo o que o povo Gaúcho e BRASILEIRO está perdendo devido as benesses concedidas aos Castelhanos e Uruguaios. Será que uma fábrica de carros poderia ser estimulada a poduzir no RS?

 

Leiam as matérias abaixo e reflitam:

 

 

Anfavea: exportação de máquina agrícola pode cair 30%

Por Gustavo Porto

O bloqueio argentino às exportações brasileiras de máquinas agrícolas gerou um rombo de ao menos US$ 245 milhões na balança comercial nos quatro primeiros meses de 2011 e pode derrubar as exportações do setor em até 30% em 2011, segundo avaliação da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). "Desde o início do ano a Argentina descumpre completamente o acordo que prevê o livre comércio de máquinas com o Brasil", disse hoje Milton Rego, vice-presidente da Anfavea e executivo da Case IH, braço agrícola do Grupo Fiat.

Segundo ele, cerca de 800 colheitadeiras e 1.700 tratores produzidos no Brasil nos quatro primeiros meses deixaram de entrar na Argentina. Apenas uma pequena carga de 150 colheitadeiras da John Deere produzidas no Rio Grande do Sul conseguiu ser exportada para o país vizinho, mesmo assim por conta de licenças já obtidas pela montadora anteriormente.

Rego, que participa da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), lembra que semanalmente a Anfavea cobra o governo brasileiro em relação a uma solução do impasse e ao menos a cada dois meses um grupo bilateral discute o assunto, mas nada foi resolvido. "Se esse cenário persistir, as exportações de máquinas agrícolas brasileiras, que já devem cair entre 5% e 10% em 2011 ante as quase 19 mil unidades de 2010, podem apresentar um recuo para mais de 30%, que é o tamanho da fatia argentina nas vendas externas", avaliou o executivo. O mercado argentino consome cerca de 1.500 colheitadeiras e 6 mil tratores anualmente e 80% desse total é produzido no Brasil.

O argumento do governo argentino para barrar a entrada de máquinas brasileiras é a exigência de um equilíbrio no comércio exterior entre os dois países, o que é difícil, já que a Argentina começa agora a modernização desse setor produtivo. "A Argentina querer se industrializar nesse setor é legítimo, mas ela não pode rasgar o acordo automotivo com o Brasil", criticou Rego.

Curiosamente, ao contrário das expectativas, as exportações brasileiras de máquinas agrícolas saltaram 32,3% nos primeiros três meses de 2011 ante igual período de 2010, de acordo com os números mais recentes da Anfavea, de 3.153 unidades para 4.172 unidades. "Isso é um reflexo de contratos feitos por uma ou outra empresa, mas nossa previsão de queda nas exportações está mantida", disse Rego. "As máquinas que deveriam ir para a Argentina ao menos foram comercializadas para o Paraguai e o Uruguai, mas isso não vai se manter", completou.

Ainda de acordo com o vice-presidente da Anfavea, a perda de competitividade brasileira, com a desvalorização do dólar e o aumento nos custos - o aço vendido no País é mais caro do que o importado, por exemplo - impedem o escoamento dessas máquinas para outros mercados. Segundo a entidade, as exportações de máquinas agrícolas, que já atingiram um volume anual de 30 mil unidades, podem cair para menos de 17 mil unidades em 2011, caso a perspectiva de queda de 10% seja confirmada, isso sem considerar o impacto da Argentina.

Nos próximos dias, a Anfavea deve entregar ao governo um estudo sobre a perda de competitividade brasileira no setor automotivo, que atinge principalmente os veículos de passeio.

 

 

 

Brasil permite entrada de 11,7 mil automóveis argentinos

 

 

O Brasil permitiu nesta sexta-feira a entrada de quase 11.700 automóveis argentinos, após o acordo alcançado nesta quinta-feira pelos dois governos para agilizar os trâmites para a concessão de licenças não automáticas ao comércio, informaram fontes oficiais.

O governo de Cristina Kirchner, em contrapartida, outorgou nesta sexta-feira licenças a diferentes produtos brasileiros, como maquinaria agrícola, calçados e pneus, segundo precisou a agência estatal "Télam". A ministra da Indústria argentina, Débora Giorgi, e seu colega brasileiro, Fernando Pimentel, acordaram na quinta-feira em Brasília "agilizar" a expedição de licenças, mas descartaram que esta medida protecionista possa desaparecer a curto prazo.

Em fevereiro, a Argentina aumentou consideravelmente o universo de produtos aos quais aplica licenças não automáticas, um mecanismo que permite aos países regularem e dilatarem por até 60 dias o prazo para autorizar o ingresso de bens em seus mercados. Esta medida levou a críticas dos exportadores brasileiros e motivou várias reuniões em nível governamental entre autoridades dos dois países.

Embora o governo de Cristina Kirchner tenha assegurado na época que os produtos brasileiros não teriam demora para entrar no mercado argentino, Pimentel queixou-se de problemas que afetam produtos de seu país, especialmente alimentos, para ingressar na nação vizinha.

Há três semanas, o governo de Dilma Rousseff impôs restrições à importação de automóveis de todo o mundo, mas a medida foi interpretada pela Argentina como uma represália a suas ações protecionistas, o que suscitou uma irada queixa de Débora Giorgi.

Após vários contatos prévios, os ministros de Indústria das duas nações se reuniram finalmente nesta quinta-feira na capital brasileira e negaram que as desavenças tenham gerado uma crise entre os Governos. "Nunca houve uma crise ou uma ruptura na relação comercial e política entre Brasil e Argentina. Brasil e Argentina têm uma corrente de comércio muito volumosa, já chegou a US$15 bilhões" nos primeiros cinco meses deste ano, indicou Pimentel.

Os ministros se comprometeram a fazer um esforço conjunto para promover o diálogo e o entendimento entre os setores privados dos dois países, e decidiram que equipes de seus ministérios se reunirão a partir de agora uma vez por mês para fazer um acompanhamento destes temas.

 

EFE

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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