Cerca de seis mil doses da Pfizer serão encaminhadas a coordenadorias regionais para imunizar gestantes
A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul anunciou que parte das quase 500 mil vacinas que chegaram entre ontem e hoje a Porto Alegre serão destinadas a completar o esquema vacinal dos gaúchos. Das 486.810 doses, cerca de 68% serão utilizadas para segundas aplicações, ficando o montante reservado na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi) para distribuição posterior.
Na terça-feira, chegaram dois lotes: 215,65 mil doses da AstraZeneca e 156,5 mil da Coronavac/Butantan. Nesta quarta, foram recebidas mais 114.660 doses da Pfizer.
O grupo de gestores também anunciou que vai distribuir às coordenadorias regionais, nesta quinta-feira, 119,5 mil doses de vacinas Pfizer e Coronavac. Das doses da Pfizer, cerca de seis mil serão destinadas a segundas aplicações em gestantes e puérperas que receberam a primeira da AstraZeneca e cerca de 7 mil para adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades. As demais serão utilizadas para avançar a vacinação por faixa etária. As planilhas com números exatos a serem repassados a cada município ainda devem ser divulgados, assim como as rotas de distribuição.
Correção na distribuições
Ainda conforme a SES, a partir das próximas remessas de imunizantes a distribuição vai levar em conta um estudo feito para corrigir eventuais distorções. Os 497 municípios gaúchos foram separados em quatro categorias, de acordo com o porte populacional, tendo sido calculada uma média percentual das coberturas vacinais em cada grupo. Os municípios que ficaram abaixo da média receberão doses para equalizar a diferença. Serão necessárias cerca de 200 mil doses, divididas entre 257 municípios gaúchos, para solucionar as distorções.
“Trabalhamos com estimativas populacionais que, muitas vezes, não correspondem, na vida real, à população que se vacina efetivamente em cada cidade. Queremos seguir distribuindo as vacinas da forma mais equânime e uniforme possível, levando em consideração, por exemplo, a maior população que municípios do litoral recebem no verão e da serra no inverno”, explicou a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Cynthia Molina Bastos.
Gestantes e puérperas
Em nota técnica, o Ministério da Saúde indicou a finalização do esquema vacinal de gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz até 45 dias) que receberam apenas uma dose da vacina AstraZeneca. De modo geral, as vacinas não são intercambiáveis – tomar a primeira dose de uma fabricante e a segunda de outra. Porém, frente à impossibilidade de esse público receber a segunda dose da AstraZeneca (para aquelas que tomaram a primeira antes da suspensão da marca às gestantes), novos estudos mostraram eficácia e segurança em completar o esquema vacinal com o imunizante da Pfizer. A nota ainda esclarece que, na falta da Pfizer, também pode ser usada a Coronavac.
FONTE: Camila Diesel | Rádio Guaíba
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver| Tweet |  |
