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Texto de Opinião - 27/08/2015 - A alegria da ovelha que volta - Por Padre Renato Jose Rohr


Leia na íntegra

 

Certamente cada um de nós já teve alguma alegria por uma melhora em sua vida, um feliz regresso de uma viagem difícil, a volta para a família ou para Igreja de quem esteve fora ou longe ou a recuperação da saúde que estava abalada.

 

O retorno às coisas boas sempre nos faz bem, melhor ainda a volta de alguém de quem não esteve bem na vida espiritual, na vida de família ou na vida de Igreja. Imaginamo-nos a alegria de quem consegue sair do fundo do poço, ou novamente vê a luz no fundo de um túnel e recebe um abraço acolhedor. Certamente, cada um de nós já experimentou a alegria de alguma volta. Faz bem, a cada um, sentir a alegria de alguém que já saiu de uma situação difícil, ainda mais, se nós fomos os intermediários.

 

Nós não somos capazes de imaginar a alegria que o filho pródigo sente ao ser acolhido nos braços do Pai que faz festa acolhendo-o novamente como filho que volta. A alegria do filho acolhido e a alegria do pai que acolhe se completam. São alegrias que cada um de nós deve experimentar em sua vida. A alegria de sempre voltar e acolher sempre a quem quer voltar para uma vida melhor. Qual será a alegria maior? Acolher ou ser acolhido. A alegria de quem estava no fundo do poço e conseguiu sair, ou num túnel sem saída e viu a luz, um filho que estava perdido e volta ou de um pai que acolhe? Um filho que estava perdido quando volta sente muita alegria, mas, também provoca muita alegria aos seus. Lembro daquele filho rebelde, rejeitado, que saiu de casa, pensando em nunca mais voltar, mas, depois de muito tempo, a lembrança de casa lhe traz saudades e pensa em voltar, arrependido escreve um bilhete dizendo; “Se me aceitam de volta coloquem uma toalha branca na árvore ao lado da casa, e quando em passar de trem veja e tenha a certeza que posso voltar”. Quando ele passa de trem vê toda a árvore tomada de panos brancos. Com que alegria e esperança e confiança  ele logo volta no primeiro trem para ser acolhido, aceito e sentir-se amado pelos seus. Reintegrado na família.

 

Deus sempre nos espera de braços abertos para voltarmos a Ele. Quanta alegria Jesus proporcionou às pessoas que estavam distantes, em cima de árvores, cheias de pecados, cheias de doenças, paralíticas, cancerígenas e marginalizadas. Na cruz Ele continua de braços abertos para acolher a cada um de nós, sejam quais forem nossos erros.

 

Amigo e amiga! Quantas alegrias você já proporcionou à certas pessoas que estavam em dificuldades? Quantas alegrias você mesmo já sentiu em sua vida porque voltou mais para Deus, para a Igreja ou para a sua família? Oxalá! Continue acontecendo em nossas vidas a dupla alegria de quem acolhe e é acolhido. Por isso, a nossa atitude deve ser de mãos estendidas para sermos acolhidos pelo Senhor da vida e mãos abertas para acolher nossos irmãos que necessitam da nossa acolhida.

 

Crissiumal, 26/08/15/Pe Renato José Rohr scj

Postado: Leila Ruver
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