Por: Professora Sandra Maria Eckert Huppes de Quevedo
A arte sempre foi vista como algo prático e manual, sem muita importância no campo dos conhecimentos organizados. Assim, durante muito tempo, a leitura de imagem não tinha relevância, nem se cogitava que o conhecimento a partir de imagens exigisse um exercício de interpretação e compreensão do universo visual, que caracteriza cada cultura.
Através da Proposta Triangular de Ana Mae Barbosa, que consiste em apreciar, contextualizar e praticar o ensino da Arte no Brasil, principalmente a partir dos anos 90, começa a ter o professor como mediador no processo da percepção e apropriação dos conhecimentos sobre a Arte. O aluno deve ser instigado a observar, analisar e interpretar as obras e aprender os aspectos da realidade humana, percebendo que as imagens são códigos que nos trazem informações importantes sobre diferentes épocas e culturas.
Assim, hoje a aprendizagem da Arte está voltada para o desenvolvimento crítico. Utilizamos imagens que fazem parte da cultura, da história e do cotidiano dos alunos, para que os mesmos passem a entender as mensagens trazidas por cada imagem e percebam as intenções dos artistas ou da mídia na divulgação e ou apresentação de tais obras.
Desse modo, os educandos devem perceber que toda e qualquer imagem que chegar até eles nem sempre será neutra, mas que são criadas a partir de certas necessidades e ideologias, com algum intuito.
Portanto, as pessoas precisam ter o domínio não só da linguagem verbal e escrita mas também visual, para que se tornem espectadores menos passivos e mais críticos diante das imagens que os cercam.
Por: Professora Sandra Maria Eckert Huppes de Quevedo
Graduada em Artes Visuais e Pós graduada em Arte Educação.
Postado: Clécio Marcos Bender RuverTweet |