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Esportes - 25/08/2011 - Em noite mágica de Damião, Inter vence Independiente e é campeão da Recopa


Confira os gols

Em uma noite épica de Leandro Damião, com direito a "ruas de fogo", o Inter de Dorival Júnior mostrou força e venceu o Independiente por 3 a 1, na noite desta quarta-feira. Com o resultado, conseguiu reverter a derrota de 2 a 1 no jogo de ida, disputada em Avellaneda, e saiu com o título da Recopa Sul-Americana.

 
Antes da partida, torcedores do Inter formaram um verdadeiro inferno vermelho, com sinalizadores erguidos para o céu, na chegada da delegação ao estádio. Era o prelúdio de uma decisão que seria. Dorival Júnior colocou em campo uma equipe ofensiva, mesclando jogadores experientes e jovens. E a ordem era marcação sob pressão, contra um adversário postado no 4-3-3, mas com três atacantes que voltavam para ajudar na marcação e compactavam a equipe.

Aos quatro minutos, a primeira chance em falha de marcação argentina. D'Alessandro achou Leandro Damião, livre, pelo lado direito. Só que o camisa 9 perdeu tempo e, sem ângulo para o arremate, serviu novamente o gringo, que entrava em diagonal na área e disparou perto da trave esquerda. No lance seguinte, Oscar imprimiu velocidade pelo meio e arrematou com perigo, ao lado do gol.

Até então organizado, o Independiente equilibrava o confronto. Aos 17, um chute tímido, daqueles só pra dizer que tentou a gol. Parra, sem grandes pretensões, bateu de fora da área. No meio da meta, Muriel segurou. As demais ações ofensivas argentinas eram para explorar a velocidade do colombiano Marco Pérez, um tipo de Renteria da nova geração.


A partir de então, só deu Inter. Ou melhor, Leandro Damião. Fez o que bem quis. Deu chapéu, fez balãozinho de cabeça no estilo Kerlon e gols, é claro. O primeiro saiu aos 20 minutos. Damião recebeu no bico direito da grande área, passou por entre dois marcadores e tocou de bico. A bola entrou fácil. Comemorou como um lutador, socando o ar, como o verdadeiro guerreiro que é.

A zaga argentina não sabia como marcar o centroavante. Damião assustava. Foi em um erro na saída de bola que o centroavante antecipou uma jogada, com o peito, e ficou na cara da meta. Aí foi como uma brincadeira de criança. O centroavante bateu de canhota, sem chances para Navarro. Saiu comemorando como um moleque, segurando a perna direita, tal qual fosse um saci. Damião ainda se deu o direito de perder gol. Recebeu um "presente" de Gabriel Milito, entrou na área, mas desta vez a bola foi nas redes pelo lado de fora.

Com a vantagem de 2 a 0, o Inter se acomodou. O Independiente bem que tentou pressionar, mas pouco fez. Na melhor oportunidade, Parra recebeu na área, girou e bateu sem força. Muriel, mais uma vez, mostrou segurança. Nos descontos, Dellatorre recebeu cruzamento de D'Alessandro e testou para fora.

Sem a vantagem obtida no primeiro tempo, o Inter voltou acomodado para a etapa complementar, aguardando o Independiente. Se deu ao luxo de esperar as ações do time adversário. E deu chance para o azar. Logo aos três minutos, Ferreyra alçou bola da esquerda e encontrou o defensor Maxi Velázquez na área, como homem surpresa. Entrou na área sozinho e desviou a rota da bola para as redes. O placar levava a decisão para a prorrogação.

Em jogada individual, Oscar tentou dar a resposta imediata. Roubou bola na intermediária e imprimiu velocidade pelo meio. Quando o garoto se preparava para o arremate, Júlio Velázquez saiu de carrinho e afastou a bola, com precisão cirúrgica.

Mas a verdade é que o Inter sentiu o gol, se abateu momentaneamente. Desta forma, o Independiente incomodou e só não empatou porque Muriel, aos 11 minutos, espalmou bola à queima-roupa de Perez, quase na pequena área.

Índio, o veterano zagueiro artilheiro, teve a chance viva de recolocar o Inter com a mão na taça. Aproveitou bola alçada na área por Oscar e, na segunda trave, cabeceou com consciência. A bola saiu rente ao esquerdo do goleiro. Na sequência, foi a vez de Oscar tentar. Tabelou com Dellatorre entrou na área e voou para desferir um chute. Navarro espalmou.

Aos 18, problema para Dorival. D'Alessandro caiu no gramado com dores musculares. Pediu para seguir e aguentou só três minutos. Em um lançamento na ponta direita, não teve condições de correr atrás da bola. Deixou o gramado para entrada de Andrezinho. Pouco depois, Jô ingressou na vaga de Dellatorre, que saiu com semblante de dor.

O Inter ia para cima, mas encontrava dificuldades para criar situações de gol. Da intermediária, Oscar arriscou de fora e Navarro deu rebote. Em situação irregular, Jô isolou pela linha de fundo.

Pelo jogo complicado que se demonstrava, parecia que a partida se encaminharia para a prorrogação. Só parecia. Em lance de visão aos 36 minutos, Andrezinho lançou Jô na cara da meta. O centroavante deu um toque para a esquerda e levou a trombada de Navarro. Pênalti. Na cobrança, Kleber bateu rasteirinha, no canto direito de Navarro, que se lançou para o lado contrário. Gol que dava o título ao Inter.

O Independiente se lançou todo ao ataque. Brigou, provocou, quando Fredes colocou a mão na cara de Oscar, mas não teve jeito. O Inter segurou o resultado até o final e assegurou mais um título. Desde 2006, é a oitava taça internacional do clube.

É tudo Gre-Nal

Com o título da Recopa, o Inter vai com moral para o Gre-Nal. E certamente, Leandro Damião terá marcação reforçada.

 

 

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Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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