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Texto de Opinião - 24/06/2015 - A Raiva Mata - Por Padre Renato Jose Rohr


Leia na íntegra

 

 

As vítimas são animais e pessoas. Quando não mata deixa cicatrizes na vida, deixa a pessoa furiosa, violenta, descontrolada, até com vontade de matar ou destruir a quem, ou, o que lhe causou a raiva.

 

A raiva é a pior das demais seis irmãs que são; luxúria, gula, avareza, soberba, vaidade e preguiça. Nenhuma delas é do bem, todas elas são danadas. Muitas andam juntas, são de difícil convivência, prejudicam tremendamente a vida, elas colocam em risco a própria vida e a vida dos outros. Este vírus já deveria estar extirpado. Mas, não é esta raiva física que nos preocupa, mas sim, pessoas raivosas que vivem com ódio, com o coração amargurado, por que um dia alguém as magoou ou prejudicou, e não perdoam, não querem se libertar, por isso, ficam com o coração endurecido. Não percebem ou não querem perceber o grande mal que fazem a si mesmos.

 

O pior de tudo, o que acontece, é que a pessoa que está com raiva, esta se transforma em ódio, mata a presença de Deus no seu coração. Ódio e amor não convivem. Deus é amor. Ódio é falta de amor. Para estar com Deus é necessário se desfazer do ódio, e o remédio antídoto é o perdão. Contra esta raiva não existe outro antídoto.

 

Tanto a raiva viral, quanto a raiva psicológica ou espiritual descontrolam a pessoa deixando-a perigosamente agressiva. Para curar a raiva viral é imprescindível um grande tratamento, necessita de socorro, e é necessário se tratar. Na raiva espiritual a pessoa também necessita da ajuda dos irmãos, mas, ao mesmo tempo, ela precisa se tratar. A raiva animal pode acabar com a vida, também, a raiva espiritual prejudica tremendamente a vida da pessoa. É preciso acabar com a raiva antes que ela acabe com a vida da própria pessoa e de outros.

 

O ser humano não pode conviver com a raiva até o fim da vida, mas, em vida é preciso acabar com a raiva e o ódio para a vida ter graça e a pessoa viver também na graça de Deus. Reconhecendo a própria doença, por estar com raiva de alguém ou de alguma coisa, a solução da cura está na paciência, na compreensão, na misericórdia, no perdão e na oração pela libertação.

 

Tanto a inveja, quanto suas demais irmãs, se não forem dominadas, elas dominam a pessoa fazendo-a escrava, não sendo mais livre para amar a Deus e os irmãos. A vida é o espaço que Deus nos concede para nos libertarmos destas sete irmãs conhecidas como vícios capitais, das quais a raiva, certamente, é a mais perniciosa.

 

Sejamos amigos de Deus, amigos dos irmãos e amigos nossos, vivendo a vida com alegria, sem as amarras destas irmãs que escravizam e colocam a vida de todos em perigo, e o pior de tudo, é que colocam a vida espiritual em perigo. Amigo! Nada de raiva, nem rancor, nem ódio, nada de escravidão, mas, livre para viver.

 

Crissiumal, 24/06/15 Pe Renato José Rohr scj 

Postado: Leila Ruver
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