Por Carla Regina Schneider Brackmann
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia. E se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” (( Fernando Pessoa))
Você sabia que a Língua Portuguesa é a quinta mais “falada” na Internet mundial e a terceira mais utilizada em redes sociais como o Facebook e Twitter, segundo dados divulgados em outubro de 2014 pela empresa de estatísticas Internet World Stats?
Sabe-se que a expansão da informática vivenciada nestas duas últimas décadas tem sido responsável por transformações significativas nos setores de trabalho e nas relações humanas, chegando também a influenciar no aprendizado e no aperfeiçoamento do estudo da Língua Portuguesa.
Sendo assim, por ser relativamente nova, a relação entre tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa. Porém, na escola, as tecnologias devem ser vistas como ferramentas de ensino relevantes que podem ser utilizadas em todas as áreas do saber. Não há como afastá-las dos estudantes. Tão pouco ignorar sua importância no processo de ensino-aprendizagem, pois elas abrem caminhos para outras formas de conhecimento.
O turbilhão de recursos disponibilizados aos jovens, e à sociedade em geral, pelas TICs tem provocado sobressaltos dentro das escolas que colocam aos professores desafios constantes em como lidar eficazmente com estas inovações, de modo a proporcionar melhores aprendizagens, porque é a eles, profissionais do ensino, muitas vezes esquecidos, sobre quem recai a difícil responsabilidade de enfrentar estes desafios, formando cidadãos para a Sociedade do Conhecimento.
É importante, então, os professores de língua portuguesa conceberem as potencialidades das novas tecnologias como ferramenta de apoio ao processo de ensino/aprendizagem da língua. Consequentemente, o uso de gêneros da esfera digital na sala de aula, se bem orientado, certamente, resultará em uma melhoria significativa na qualidade de atividades relacionadas à produção e à leitura de textos escolares.
É de conhecimento de todos que estas inovações tecnológicas demonstram vantagens evidentes para a aprendizagem, pelo aumento da motivação e da autonomia dos alunos, uma vez que trazem uma maior diversidade de atividades para o professor aplicar em aula.
Conclui-se, portanto, que as tecnologias de informação e comunicação colocam informação à disposição de todos, mas é à Escola que cabe a missão de transformar essa informação em conhecimento porque nem todos os cidadãos têm acesso ou sabem explorar as ferramentas dos dispositivos tecnológicos. No entanto, apesar de os professores possuírem equipamentos informáticos com acesso à internet e utilizarem programas e recursos da Web, ainda existem muitas dificuldades em integrá-las em contexto de sala de aula. Embora os professores todos reconheçam as suas potencialidades, a falta de formação e de equipamentos permanecem como os principais fatores inibidores da integração dessas aplicações.
Por CARLA REGINA SCHNEIDER BRACKMANN
Professora: E.M.E.F. Rotermund e E.E.M. Ponche Verde
Postado: Leila Ruver
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