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Política - 23/03/2016 - PF encontra lista da Odebrecht com nomes de 47 políticos do RS


Planilhas foram apreendidas pela PF na operação Lava Jato

 

Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos, entre eles 47 do Rio Grande do Sul. As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como "BJ".

 

A Justiça Federal de Curitiba liberou acesso aos documentos nesta quarta-feira (23). No entanto, durante a tarde, o juiz Sergio Moro determinou o restabelecimento de sigilo sobre as planilhas por entender que é "precipitada qualquer conclusão".

 

Os investigadores da Lava jato ainda apuram a que se referem os pagamentos citados nos documentos. No inquérito, não está claro se são doações legais de campanha ou repasses irregulares.

 

Em fases anteriores da apuração, os investigadores da Lava Jato levantaram a tese de que mesmo contribuições legais das empreiteiras para políticos podem ter sido fruto de recursos oriundos dos desvios na estatal. Dentro deste entendimento, um relatório da PF apontou:

 

“Nessa nova dinâmica, conforme cenário probatório, tais doações caracterizam-se em verdade como atos de lavagem de dinheiro". Um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol observou, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo:

 

"O que está em questão no caso, contudo, não são simples doações eleitorais, mas são as doações simuladas que escondem o que é, na verdade, o pagamento de propina. Quando o repasse de propina é dissimulado na forma de doação eleitoral, isso caracteriza lavagem de dinheiro". 

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também está entre os citados. Assim como outros políticos que receberam apelidos nas planilhas, Cunha era chamado de "caranguejo" nos documentos. Nesta tarde ele riu do apelido e disse que pediu dinheiro para campanha somente para o PMDB é que se recebeu verba da empreiteira, foi via partido.

 

A Rádio Gaúcha listou pelo menos 47 gaúchos entre os políticos identificados. Veja a relação:

 

José Fortunati (PDT) 

Manuela D'Ávila (PCdoB)

Sérgio Zambiasi (PTB)

Pablo Mendes Ribeiro (PMDB)

Marco Alba (PMDB)

Fábio Branco (PMDB)

Osmar Terra (PMDB)

Mauro Poeta (PMDB)

Mauro Zaquia (não identificado)

Márcio Biolchi (PMDB)

Tarsila Crusius (PSDB)

Wambert Di Lorenzo (PSDB)

Nelson Marquezan (PSDB)

Adão Villaverde (PT)

Carlos Todeschini (PT)

Ronaldo Zulke (PT)

Gilmar Rinaldi (PT)

Jairo Jorge (PT)

Marco Maia (PT)

Fernando Marroni (PT)

Marcos Daneluz (PT)

Maria do Rosário (PT)

Adeli Sell (PT)

Engenheiro Comasetto (PT)

Tarcísio Zimmermann (PT) 

Helen Cabral (PT)

Heitor Luiz Lermen (PT)

Ana Amélia Lemos (PP)

João Carlos Nedel (PP)

Renato Molling (PP)

Kevin Krieger (PP)

Afonso Hamm (PP)

Mano Changes (PP)

Frederico Antunes (PP)

Fixinha (PP)

José Otávio Germano (PP)

Otomar Vivian (PP)

Leonardo Hoff (PP)

Beto Albuquerque (PSB)

Heitor Schuch (PSB)

Tarso Genro (PT)

João Bosco Vaz (PDT)

Toni Proença (PPL)

Jussara Cony (PCdoB)

Paulo Azeredo (PDT)

Marcelo Esswein (PDT)

Gilmar Sossela (PDT)

 

Também há planilhas com nomes de partidos ao lado de valores. São eles PT, PP, PCdoB, PDT, PSDB, PMDB, PSB e PSB. 

 

A Rádio Gaúcha está entrando em contato com todos os citados para saber sobre eventuais doações.

 

Contrapontos:

José Fortunati (PDT) - Após afirmar que desconhecia a doação, o prefeito da Capital disse nesta tarde que o tesoureiro de sua campanha confirmou o recebimento de R$ 500 mil da construtora Odebrecht, que foi enviado pelo diretório nacional do PDT.

 

Tarso Genro (PT) - "Todas as contribuições dadas às campanhas que concorri foram legais, declaradas, e as contas aprovadas pelo TRE. Sem exceção. Está sendo feita de forma deliberada, a confusão, para minizar a evidência de contribuições ilegais a políticos, vestais do 'impeachment'", disse o ex-governador no Twitter.

 

Adão Villaverde (PT) - "Toda a minha contribuição de campanha está absolutamente legal e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Todas as contribuições que eu recebi estão registradas junto à Justiça Eleitoral. Não tive nenhuma relação clandestina com qualquer contribuição física ou jurídica. Está tudo absolutamente legal".

 

Mauro Zacher (PDT) - embora o nome que apareça na lista seja "Mauro Zaquia", o vereador se manifestou por meio de nota: "a doação realizada, através da subsidiária Braskem/SA, foi feita diretamente aos Comitês Financeiros do PDT nas eleições 2012, estando devidamente registrada no Tribunal Superior Eleitoral. Dos comitês financeiros, os valores de doações foram repassados para a campanha do vereador. Mauro Zacher afirma que suas ações são pautadas sempre pela transparência e pela ética, e que todas as contas de campanha foram aprovadas pelo TRE".

 

Gilmar Sossella (PDT) - "esclarece que todos os recursos recebidos em campanha constam em sua prestação de contas que foi aprovada pela Justiça Eleitoral", disse em nota. 

 

Fixinha (PP) - "Recebi duas doações da maior empresa em retorno de ICMS no Estado, a Brasken (cuja principal acionista é a Odebrecht). Essas doações somaram R$ 50 mil. Não há problema legal algum em receber doação de campanha de empresas. O problema é quem as recebe e não as declara. Minha prestação de campanha é pública e todos os valores foram declarados com transferência eletrônica e recibo eleitoral. Basta acessar o site do TSE e comprovar estas informações, inclusive que as contas foram aprovadas sem ressalvas pelo Tribunal", disse por meio de nota.

 

Gilmar Rinaldi (PT) - "Nunca foram realizadas agendas ou qualquer tipo de contato com agentes da Odebrecht por parte do comitê financeiro da campanha à Prefeitura. Todas as doações recebidas foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral e, as contas de campanha, aprovadas sem ressalvas. Desconhecemos, portanto, a origem da informação divulgada pela mídia nesta quarta-feira".

 

Pablo Mendes Ribeiro (PMDB) - "Tudo que eu recebi está na minha declaração, aprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Um dos maiores doadores da minha campanha foi o Diretório Nacional do PMDB. Várias empresas repassam ao partido, que repassa para a campanha. Pode ser que alguma empresa tenha repassado".

 

Kevin Krieger (PP) - “Todas doações realizadas pela empresa Braskem foram declaradas em minhas respectivas prestações de contas e realizadas no período em que eram permitidas e legais. No entanto, lamentamos que uma lista com pessoas sérias e que sempre trabalharam e fizeram política, com o respaldo da legislação vigente, esteja sendo colocada na mídia em meio a um cenário conturbado de nossa política. Desde já, venho a público dar satisfação aos meus eleitores, pessoas que depositaram confiança em meu trabalho, aos quais me sinto honrado em representar”, disse em nota.

 

Maria do Rosário (PT) - "Sobre a lista da Odebrecht de doações de campanhas eleitorais, esclareço a referência sobre meu nome. A planilha cita uma indicação que fiz ao PT Nacional para a campanha da candidata a vereadora de POA, Ariane Leitão, em 2012. A prestação de contas da candidata demonstra o devido registro ao TRE em 19 de setembro daquele ano", escreveu a deputada no Twitter.

 

Heitor Schuch (PSB) - "Tendo em vista as notícias divulgadas pela imprensa de que 47 políticos gaúchos, entre os quais consta meu nome como beneficiado de doações da Odebrecht, esclareço que recebi recursos do Partido Socialista Brasileiro (PSB) Nacional, cujo doador originário foi a Cetrel Lumina Tecnologia e Engenharia Ambiental, empresa ligada ao grupo Odebrecht, e que esta doação está devidamente declarada em nossa prestação de contas de campanha", afirmou em nota.

 

Manuela D'Ávila (PCdoB) - "Todas as doações que recebi foram lícitas, todas as prestações de contas foram aprovadas. Entretanto, não recebi doação de nenhuma empresa do Grupo Odebrecht para a candidatura de 2012. Especulo - a partir da impressão que fiz das listas disponibilizadas para a imprensa - que a Odebrecht - munida das pesquisas de opinião - fez projeções de contribuições à minha candidatura a partir de meu favoritismo pré-eleitoral. Com a queda vertiginosa que tive nas pesquisas (fui derrotada no primeiro turno das eleições), tais doações não aconteceram", afirmou.

 

Fernando Marroni (PT) - "Não recebemos doações da citada empresa em quaisquer das campanhas em que fui candidato (...) é possível que doações destinadas a mim, pelo Diretório Nacional do PT, tenham origem em doações desta empresa, eis que a obrigatoriedade das agremiações partidárias informarem a origem dos recursos doados a seus filiados candidatos foi instituída apenas em 2014 (...) todos os recursos recebidos pelas campanhas eleitorais das quais participei foram regularmente informados nas respectivas prestações de contas, que são públicas", afirma nota do deputado.

 

Renata Molling (PP) - O deputado "declara que as doações recebidas para sua campanha em 2014 constam aprovadas na declaração do site oficial do Tribunal Regional Eleitoral. O deputado recebeu uma doação do grupo Odebrecht, por meio da empresa Braskem. Todas as doações são legais e devidamente declaradas".

 

Marcos Daneluz (PT) - "Nós jamais recebemos dinheiro da Odebrecht na minha campanha a prefeito. Todas as minhas doações constam na nossa prestação de contas, que foi aprovada plea Justiça Eleitoral. Recebemos, sim, recursos do diretório nacional. Desses recursos do diretório, nós não sabemos a origem. Em nenhum outro momento, na campanha e na minha trajetória política, jamais tivemos algum contato da Odebrecht", afirma em nota.

 

Adeli Sell (PT) - “Acho um método rebaixado de divulgar as coisas, eu recebi valores do Diretório Nacional relacionados a repasses da Braskem, a minha prestação de contas está toda registrada”, disse Adeli Sell.

 

Tarcísio Zimmermann (PT) - “Até a recente e acertada decisão do STF de proibir o financiamento privado, praticamente 100% das campanhas eleitorais eram financiadas por empresas. A contribuição ocorreu ao Diretório Nacional do partido, que repassou o valor ao Diretório Municipal. Portanto, trata-se de uma contribuição legal, devidamente contabilizada na prestação de contas e aprovada pelo TRE", afirmou.

 

Nelson Marchesan Jr (PSDB) - "Todos aqueles políticos que receberam doações de empresas constam na lista dessas empresas. No meu caso, em 2012, eu não fui candidato, mas era presidente do PSDB estadual. O PSDB estadual recebeu R$ 477 mil do PSDB nacional. Só que, em 2012, a lei não determinava o detalhamento em relação ao que vinha do diretório nacional. Então não tinha como saber. Em 2014, aí sim, a minha campanha recebeu R$ 200 mil do PSDB nacional. Sendo que R$ 100 mil desses foram da Odebrecht (a lei estabeleceu o detalhamento). Os dados estão registrados no site do TSE."

 

Fábio Branco (PMDB) - "Todas as contribuições que recebi durante a campanha estão registradas na Justiça Eleitoral e foram aprovadas integralmente pelo Tribunal Regional Eleitoral, caracterizando-se por absoluta legalidade. Não recebi nenhuma contribuição que não esteja registrada, conforme exigia a legislação em vigor, tornando as minhas contas como plenamente legais", disse.

 

Frederico Antunes (PP) - "Em virtude de matéria veiculada nesta quarta-feira (23), relacionando meu nome a doações de campanha feitas pela empresa Odebrecht, tenho a esclarecer que toda e qualquer contribuição destinada à minha campanha eleitoral foi devidamente aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e registrada na Justiça Eleitoral, estando, portanto, absolutamente dentro da legalidade", disse.

 

Jairo Jorge (PT) - "Na campanha para prefeito em 2012, recebemos contribuições de 41 pessoas físicas e jurídicas diferentes. A empresa Odebrecht, de forma legal, doou através do Diretório Nacional do PT o valor expresso na lista. Trata-se, portanto, de uma doação dentro da lei e devidamente registrada, cuja prestação de contas foi aprovada sem ressalvas pela Justiça Eleitoral. Todos os contribuintes, os valores e as devidas datas de doação podem ser acessados no site do TSE", afirma em nota.

 

Heitor Luiz Lermen (PT) - "Em relação a presença de meu nome, em lista divulgada na tarde desta quarta-feira pela imprensa, informo que trata-se de doação recebida da empresa Braskem (antiga Copesul, braço Petroquímico da Odebrecht, com atuação no Pólo de Triunfo-RS), onde atuei profissionalmente por 17 anos, na eleição municipal de 2012, mediante recibo eleitoral, devidamente registrada na Prestação de Contas e aprovada pela Justiça Eleitoral, conforme previsto na legislação", afirma.

 

Tarsila Crusius (PSDB) - "Prestação de contas de minha campanha 2012 (site TSE) apresenta todas as doações eleitorais que recebi de pessoas físicas e jurídicas. Todas as doações que recebi foram declaradas e legais. Faz parte do estar na política esclarecer situações e ser transparente. Que não reste nenhum mal-entendido, principalmente em momentos como este, em que interessa aos que estão devendo puxar para a vala comum os que agem de maneira ética e legal", diz.

 

Marco Alba (PDMB) - "Declaro publicamente o meu apoio incondicional à Polícia Federal, ao Ministério Público, ao Poder Judiciário e ao Juiz Sérgio Moro pela condução na Operação Lava Jato. Com relação ao meu nome integrar a lista divulgada esta manhã, onde constam doações feitas pela empresa Odebrecht, afirmo que, jamais tive contato com representantes desta empresa. Constam na prestação de contas do PMDB Nacional (divulgadas através do site do Tribunal Superior Eleitoral), doações da referida empresa, feitas nos termos da lei. O Comitê Financeiro Único Municipal recebeu doações do PMDB Nacional e Estadual, que estão declaradas na prestação de contas da campanha de 2012, aprovadas pela Justiça Eleitoral."

 

Wambert Di Lorenzo - Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o ex-candidato à prefeitura de Porto Alegre pelo PSDB justificou: "minha campanha para prefeito recebeu doações da Braskem devidamente registradas nas prestações de contas". Hoje ele é filiado ao Pros.

 

Engenheiro Comasseto (PT) - “Recebi R$ 40 mil da Braskem, esta contribuição foi via diretório nacional do meu partido, e está registrada no TRE”, afirmou.

 

Ana Amélia Lemos (PP) - “Em relação à lista de doações da empresa Odebrecht, veiculada pela imprensa nesta quarta-feira, esclareço que doações oriundas da empresa Braskem, subsidiária desse grupo e com atuação conhecida no Rio Grande do Sul, foram feitas ao Diretório Nacional do Partido Progressista, o qual repassou para a minha conta de campanha ao Senado, em 2010, parte desses recursos, da seguinte forma”, declarou, por meio de nota oficial.

 

Mano Changes (PP) - "A tabela que vi ali da Polícia Federal diz que recebi R$ 50 mil Braskem, não foi da Odebrecht, tá?! Não foram R$ 50 mil que recebi da Braskem, foram R$ 49,6 mil, que é o que está declarado na minha prestação de contas, da holding da Braskem, que é a Quantiq. Está tudo declarado na minha prestação de contas", disse o deputado, em contato com ZH.

 

Jussara Cony (PCdoB) - "A vereadora Jussara Cony (PCdoB) afirma que todas as doações que recebeu, bem como suas prestações de conta, foram registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral desde quando concorreu pela primeira vez em 1982. Além disso, a vereadora nunca solicitou recursos para campanhas eleitorais à Odebrecht. Jussara Cony afirma ainda que o vazamento de tal lista sem que tenha havido nenhum tipo de apuração é um grave atentado aos direitos individuais, uma ação que apenas contribui para dar continuidade ao processo de criminalização da política", disse, em nota.

 

Marcelo Essvein (PDT) - "A doação que recebi foi legal. Fui candidato a prefeito de Triunfo em 2012, foi doação a nível de partido, e foi declarada. Recebida legalmente da Braskem. Não recordo o valor, mas garanto que foi declarado. Nunca tive contato com o pessoal da Odebrecht", afirmou.

 

Mauro Poeta (PMDB) - "Não recebi verba da Odebrecht, mas da Braskem. Tenho CNPJ, doação registrada no TSE, de R$ 50 mil para a coligação Para Fazer a Diferença. Foi para campanha para prefeitura de Triunfo em 2012. Em 21/8/2012 a coligação recebeu R$ 25 mil, comprovado no recibo eleitoral 150489435R5000005 e outra doação de R$ 25 mil, recibo eleitoral 17/9/2012, 150489435R5000008", disse.

 

Marcio Biolchi (PMDB) - "A coordenação da Campanha de 2014, de Márcio Biolchi, esclarece que dentre as receitas arrecadas nas eleições para a Câmara Federal houve doação de cinquenta mil reais da empresa Braskem. A doação ocorreu de forma lícita, transparente e devidamente registrada na prestação de contas do candidato, aprovada pela Justiça Eleitoral. A Coordenação também informa que o Deputado Federal licenciado está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos necessários e que os dados estão disponíveis no site do TSE", diz a nota.

 

Otomar Vivian (PP) - "Estou absolutamente indignado com essa veiculação do meu nome. Estou tomando todas as providências legais, para ir às últimas consequências, doa a quem doer, porque, em primeiro lugar, nunca recebi um centavo da Odebrecht. Tanto é verdade que, na minha campanha para prefeito, as únicas empresas que fizeram doações foram empresas locais. Já consultei advogados para saber a origem dessa notícia. Fiquei sabendo por jornalistas. Nem conheço essas pessoas, nunca tive nenhum contato. Desde a campanha da Senadora Ana Amélia, sou tesoureiro do partido, e continuo como tesoureiro. E naturalmente, sou a referência de quando existe qualquer movimentação financeira que envolva o Partido Progressista aqui no Rio Grande do Sul. Mas, pessoalmente, não conheço essas pessoas", afirmou, em contato com ZH. 

 

Beto Albuquerque (PSB) - "Estou apurando os detalhes de data e circunstância da citação de meu nome como destinatário de doação de campanha pela Odebrechet. Seja como for, não há nenhuma novidade nisso! Já constaram em algumas prestações de contas eleitorais minhas e do meu partido a doação formal e devidamente declarada da Odebrechet e de outras empresas. Tudo devidamente declarado. Confio e apoio sem ressalvas o trabalho das instituições que apuram as graves denúncias de corrupção neste país certo de que irão distinguir e separar o legal do ilícito e a propina da corrupção da doação formal e legal de campanha. A generalização nestas circunstâncias só servem para premiar os verdadeiros criminosos. Que o juiz Sergio Moro siga firme em sua jornada e que o MPF, PF, STF e TSE cumpram suas missões constitucionais o mais rápido possível", disse, em nota.

 

Marco Maia (PT) - "Parece-me uma grande irresponsabilidade a divulgação de listas com nomes sem o devido cuidado de analisar a veracidade e a legalidade das mesmas. A planilha apresentada, a qual aparece meu nome, refere-se às eleições municipais de 2012. As contribuições de empresas para partidos e candidatos — prefeito e vereador — naquele pleito eram absolutamente legais. Nestas condições solicitei contribuições para os candidatos do meu partido, que quando feitas, o foram estritamente  dentro da lei e devidamente informadas ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Hoje podemos comemorar o fato de que, não mais existe a possibilidade de contribuições empresarias às campanhas eleitorais, o que contou com meu voto na Câmara Federal. Uma conquista da Democracia e da Cidadania", diz a nota.

 

Leonardo Hoff (PP) - "Sou totalmente contra qualquer ato de corrupção, e sou a favor da Lava-Jato. Esclareço que não concorro a nenhum cargo público desde 2008 e que desde então não recebi qualquer tipo de doação pessoalmente ou de forma ilegal. Ainda estou em busca de mais informações, mas imagino que deva se tratar de doação partidária legal e oficial para campanha que apoiei do Partido Progressista", disse, em comunicado em sua página no Facebook.

 

Osmar Terra (PMDB) - "O valor que consta nas planilhas apreendidas é compatível com a minha declaração na Justiça Eleitoral. A doação foi via PMDB e, por isso, a pequena diferença na declaração já que o partido fica com 5%. O importante é reafirmar que existem doações legítimas de campanha, que foi o meu caso. As doações privadas sempre foram uma anomalia do processo eleitoral. Felizmente teremos eleições sem doações privadas já no próximo pleito, decisão que contou inclusive com meu voto", diz a nota.  

 

GAÚCHA

Postado: Leila Ruver
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