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Clima - 22/09/2024 - Primavera será de altas temperaturas e novos extremos


Confira o prognóstico da Metsul

A MetSul destaca que a primavera é o período no Sul do Brasil com maior frequência de tempestades, não raro severas com intensos vendavais e granizo, mas a frequência e intensidade dos temporais varia a cada ano. São comuns sistemas convectivos de mesoescala, grandes aglomerados de nuvens carregadas, que se formam no Nordeste da Argentina e no Paraguai que depois avançam para o Sul do Brasil ou Mato Grosso do Sul. 

Neste ano, com o Pacífico Leste mais frio do que o normal ou sob La Niña, a MetSul avalia que a frequência de tempestades não será tão alta como se estivéssemos sob El Niño, caso de 2023, mas quando os temporais ocorrerem podem ser muito fortes pelo maior contraste térmico entre massas de ar frio e quente. Em síntese, tendência de menos ou muito menos temporais que em 2023, mas ainda ocorrem e quando acontecerem podem ser fortes. Por isso, episódios de vendavais intensos e destrutivos localizados não necessariamente serão frequentes, mas quando ocorrerem podem ser severos. 

Os tornados mais graves dos últimos 20 anos na primavera no Rio Grande do Sul se deram na maioria sob La Niña ou Pacífico mais frio que a média, caso de outubro de 2000 em Viamão (RS). Enfatizamos que, por tendências históricas, o risco de granizo é especialmente mais elevado quando o Oceano Pacífico está sob La Niña, como é o caso da primavera deste ano, e, assim, há risco de temporais pontuais com granizo mais intensos nesta estação. 

Em relação a chuva, no Sul do Brasil, apesar do indicativo dos modelos de uma primavera de chuva abaixo a muito abaixo da média, a Metsul entende que vai chover mais do que o indicado pelas simulações na estação com um final de setembro e um outubro de precipitação acima da média em muitas áreas da Região Sul. Entre novembro e dezembro a precipitação começaria a se tornar mais irregular, em especial no Rio Grande do Sul. É importante pontuar que episódios de chuva volumosa e intensa regionalizados podem ocorrer com acumulados de precipitação muito altos a excessivos em curto período, mesmo com o Pacífico frio ou sob La Niña, existindo muitos precedentes históricos de eventos de chuva extrema e até com enchentes em anos de Pacífico frio na primavera, apesar de menos numerosos que em anos de El Niño.

PRIMAVERA QUENTE 

Como estação de transição para o verão, na primavera aumenta a frequência de dias de calor e diminui os de frio. O começo da estação ainda tem características mais amenas e até com frio em alguns dias mais ao Sul, ao passo que o final já tem padrão típico de verão. Os dias de calor no Sul aumentam, especialmente entre novembro e dezembro, quando algumas jornadas são muito quentes com possibilidade de ondas de calor e marcas perto ou acima de 40ºC. 

No Centro-Oeste do Brasil, ao contrário, à medida que começa a estação chuvosa, sobretudo entre novembro e dezembro, diminuem os dias de calor excessivo. Projeção de anomalia de temperatura (desvio da média) no trimestre setembro a novembro (primavera meteorológica) do modelo europeu SEAS5. 

A tendência é de uma primavera com temperatura acima da média, mas entre os meses de novembro e dezembro podem ocorrer alguns períodos de calor muito intenso e temperatura muito acima da média, destaca a MetSul. O Norte da Região Sul, o Centro-Oeste e o Sudeste vão ter os maiores desvios positivos de temperatura com muitos dias de calor intenso a excessivo. 

Em pontos do Sudeste do Rio Grande do Sul, a estação pode ter marcas um pouco mais perto da média, especialmente no começo da estação, com episódios quentes mais comuns em dezembro. Na maioria das regiões gaúchas, porém, será uma estação mais quente do que a média.

 

Fonte: https://metsul.com/clima-na-primavera-trara-novos-extremos-para-o-brasil/ .

Postado: Clecio Marcos Bender Ruver
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