Confira os destaques desta edição
Destaques da edição nº.81 - Momento Leite:
- Brasil fechou o ano de 2011 com a balança comercial de lácteos negativa
- Estiagem registra queda de produção na região de Ijuí-RS
- China com rebanho mal alimentado não responde a crescente demanda por leite
Brasil fechou o ano de 2011 com a balança comercial de lácteos negativa - Apesar da pressão dos produtores para limitar a compra de produtos lácteos provenientes principalmente da Argentina e Uruguai, o Brasil fechou o ano com a balança comercial de lácteos negativa em 124.719 toneladas e passou do 6º para o 3º lugar na lista mundial dos maiores importadores de leite em pó. O Brasil passou 2011 negociando com a Argentina o limite da quota mensal de leite em pó integral que estava estipulada em 3.300 toneladas, por acordo entre os dois países, que venceu em abril. Depois disso foram muitas reuniões, e, em setembro, a cota foi aumentada para 3.600 toneladas. No entanto, apesar da pressão dos produtores brasileiros, as importações da Argentina foram redirecionadas para Uruguai e Chile, que não tem acordo algum. O aumento das compras de leite em pó deixou um saldo negativo de 124.719 toneladas, o que resultou em um déficit acumulado de 127,3%, em comparação com 2010. (Terra Viva)
Estiagem registra queda de produção na região de Ijuí-RS - A estiagem está trazendo redução significativa na produção leiteira. A Cotrijuí, por exemplo, registra diminuição de 10 a 15% no recebimento de leite desde dezembro, o que representa cerca de 400.000 litros por mês, isso dentre os vários Municípios de abrangência, inclusive Ijuí. Porém, em Ijuí, especificamente, a diminuição na produtividade leiteira chega a 40%, por abranger muitos pequenos produtores que dependem quase que exclusivamente das pastagens para alimentação do gado. (RPI/RS)
China com rebanho mal alimentado não responde a crescente demanda por leite - A China tem tido dificuldades em responder à crescente demanda por leite. Rebanho mal alimentado, escasso seguimento veterinário e uma indústria leiteira que tenta corrigir o elevado descuido com relação à higiene. Segundo o Euromonitor, o mercado de produtos lácteos deveria ser quase duplicado entre 2010 e 2016, e o do leite registraria uma alta de 25%. Um mercado em forte expansão onde competem os gigantes Mengniu e Yili, com sede na região da Mongólia interior. Segundo outro estudo, o orçamento que a população urbana destina aos produtos lácteos aumentou 40% desde 2006. Os chineses começaram a consumir leite recentemente, e estão ávidos por produtos lácteos, apesar de sua frequente intolerância à lactose. A China produz insuficientes 35 milhões de toneladas de leite/ano. Em 2010 importou de 406 mil toneladas de leite em pó. Em 2011 subiu para 550 mil toneladas, o equivalente à produção anual de 900.000 vacas.
O problema é que uma vaca chinesa produz de 4 a 4, 6 mil litros de leite/ano quando uma ocidental pode produzir três vezes mais, diz Ezra Shoshani, um especialista israelense que atua como consultor dos produtores chineses. A principal causa é a alimentação. "Os grãos são guardados para o consumo humano e dão o resto ao gado", explica. Acrescenta-se a isso os problemas veterinários e de reprodução. "Há muitos cruzamentos de animais de raças diferentes", diz Karen Mcbride, da empresa Wondermilk. Segundo ela, 30% das vacas na China sofrem de infecção. O governo, por sua vez, tem sido acusado de ceder às pressões da indústria láctea ao adotar em junho novas normas de qualidade consideradas como as mais brandas do mundo, segundo os especialistas. Apesar de o governo ter rebatido essas afirmações, recentes escândalos confirmaram os problemas. Alguns produtores compensaram a falta de proteínas de leite agregando proteínas de couro. (UOL Notícias / Terra Viva)
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