Leis parecidas, na Inglaterra, contribuíram para queda de 21% nos casos de infarto
Desta quinta-feira (15) em diante, vai ficar mais difícil fumar no Brasil. Entrou em vigor a lei que proíbe o fumo em ambientes fechados de todo o país.
Fumaça, agora, só da porta para fora. Ou no banquinho do jardim a céu aberto. A lei que entrou em vigor nesta quinta-feira acaba com as exceções e proíbe o fumódromo em todo o território nacional.
Leis parecidas, na Inglaterra, contribuíram para queda de 21% nos casos de infarto. E já traziam benefícios no Rio de Janeiro, no Paraná e em São Paulo.
“Três meses depois da lei, a gente já tinha uma redução de 73% de monóxido de carbono nos ambientes”, destaca Maria Cristina Megid, coordenadora da Vigilância Sanitária de SP.
O monóxido de carbono que sai da fumaça do cigarro contribui para o entupimento de artérias. É só um dos males que atingem até quem passa perto, sem a menor vontade de fumar.
Segundo o estudo da Vigilância Sanitária de São Paulo, a presença do gás perigoso diminuiu 49% entre os não-fumantes que trabalham em bares, boates e restaurantes, e 27% entre os fumantes. “Aquela fumaça do ambiente, ele não está mais fumando”, explica Maria Cristina Megid.
O fumódromo de uma empresa foi transformado em um jardim interno, com mesinhas e acabou virando uma importante área de convivência para todos os funcionários. Ao trocar a fumaceira pelas plantinhas, a empresa deu uma dupla contribuição a para saúde de todo mundo: melhorou o ambiente e os fumantes se viram obrigados a deixar o local de trabalho para abastecer o vício. “O fato de não poder onde fumar dentro da empresa estimulou a falar: ‘toma essa atitude de uma vez’”, diz publicitário José Cyrillo Agathão.
O publicitário procurou tratamento médico e, em poucos meses, alívio: parou de fumar. “Respiro bem melhor, tenho atividade física mais intensa, mais gostosa”, conta.
A nova lei antifumo impede fabricantes de mostrar suas marcas em eventos musicais e esportivos. E, a partir de 2016, torna os maços ainda mais assustadores, ou realistas, com mensagens de advertência também na parte da frente. O valor da multa para quem desrespeitar a lei ainda depende de uma regulamentação.
Fonte: Jornal Nacional
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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