Entenda os fatores que contribuem para aumentar a obesidade infantil
Desde 1974, o excesso de peso entre as crianças brasileiras mais do que triplicou. Foi-se o tempo em que criança gordinha era sinônimo de saúde. Hoje, os quilos a mais preocupam por serem a porta de entrada para uma das principais epidemias do século 21: a obesidade infantil.Os mais recentes dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde mostram que uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos, 16,6% são obesos, enquanto as meninas somam 11,8%.É uma questão de saúde pública que piora a cada ano. Desde 1974, o excesso de peso entre as crianças mais do que triplicou , passando de 9,7% para 33,5% atualmente. A obesidade entre os meninos era de apenas 2,9% do total. Nas meninas, o índice também era baixo, de 1,8%. Vivemos em um ambiente mais tecnológico que facilita a saúde em determinados aspectos e dificulta em outros. Todos estão sofrendo as consequências do estilo de vida atual .
Família é protagonista no combate à obesidade infantil.
Veja dicas de como a família pode ajudar a evitar obesidade infantil.
Especialistas indicam uma união de fatores para a situação ter se agravado. Nas últimas décadas, enquanto os números relativos à desnutrição no Brasil vêm diminuindo, o sobrepeso e a obesidade aparecem como fatores de risco. As famílias melhoram o poder aquisitivo e também o acesso aos alimentos, e essa situação coexiste com a intensa oferta dos produtos processados e industrializados. Onde havia privação, agora está ocorrendo um incremento da obesidade. Hoje, arroz e feijão não são mais tão comuns no prato dos brasileiros .Aliado a esse quadro, os pais passam menos tempo em casa em função do trabalho, com poucas oportunidades de preparar refeições. Assim, os alimentos prontos para consumir, e que contam com altas taxas de açúcar, sal e conservantes, ganham espaço. E se as crianças não trazem lanches processados de casa, bolachas recheadas, salgadinhos e frituras são encontrados no cardápio da cantina de muitas escolas. Outro elemento além da alimentação que colabora para aumentar obesidade infantil foi a substituição das brincadeiras na rua e nos pátios por TV, computadores, tablets e smartphones, resultando em menos gasto de energia.Entre os condicionantes principais, estão os hábitos familiares. Pais, mães e responsáveis exercem influência direta sobre a alimentação das crianças e podem ajudar ou atrapalhar no ganho de peso do filho. A família tem uma parcela de culpa, mas está inserida em um contexto.
Postado: Leila RuverTweet |