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Texto de Opinião - 08/12/2016 - Gestão Escolar


Por Raquel Beatriz Strehl Vettorello

Entende-se como Gestão Escolar a participação de todos os atores da instituição escolar diante de tomada de decisões e avaliações. Faz-se necessário uma ruptura das práticas autoritárias, hierárquicas e clientelísticas.

 

Bem sabe-se que a gestão democrática é uma experiência relativamente nova na prática social da educação, sendo que na Constituição Federal de 1988, ela passa ser olhada de forma diferenciada e ratifica-se a mesma na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDBEN 9.394/96.

 

Percebe-se a gestão participativa como uma dimensão que procura promover a organização e articulação de materiais e recursos humanos necessários para garantir o avanço tanto na esfera educacional quanto social, procurando promover a aprendizagem dos educandos, de modo a proporcionar crescimento e torná-los capazes de enfrentar os obstáculos impostos pela sociedade globalizada, e em vista disso a escola precisa tomar alguns cuidados, pois o aluno não aprende apenas na sala de aula, mas na escola como um todo.

 

Diante deste desafio, entende-se que as seguintes práticas em gestão escolar colaboram para a democratização da escola:

Reuniões pedagógicas;

Reuniões para discussão de temas relevantes com os pais e alunos;

Conselhos de Classe;

Associação de Pais e Mestres;

Conselho Escolar.

 

Acredita-se que estas formas auxiliam na construção de um espaço democrático, pois sabe-se que é necessário uma gestão participativa, e, para tanto é preciso criar um clima em que todos deem ideias, opinem, façam e recebam elogios, aceitem consensos, promovendo assim o debate. Nesta perspectiva, a gestão escolar, visa oferecer oportunidades educacionais para a formação humana, contribuindo para a autonomia, desenvolvendo habilidades e competências, trazendo consigo o conceito de uma gestão onde há coordenação harmônica e participação quebrando com o pré-conceito de centralização e controle.

 

A esse respeito Wittmann (2006, p.25) afirma:

 

“ A gestão escolar exige liderança na comunidade. A gestão da escola, intrínseca a prática pedagógica didática é a expressão e o impulso de todo o movimento educativo de escola. Seu exercício implica catalisação e liderança, representatividade e respeito dos parceiros da comunidade escolar e da comunidade externa” 

 

Vê-se a gestão escolar como uma dimensão importantíssima na educação uma vez que através dela podemos perceber a escola e os problemas educacionais de forma global e busca-se abranger uma visão estratégica e de conjunto, bem como pelas ações interligadas como uma rede.

Estes aspectos relacionados acima ressaltam que a gestão escolar é uma dimensão, um enfoque de atuação que tem como objetivo um meio e não um fim em si mesmo, pois o objetivo final da gestão é a aprendizagem efetiva e significativa dos alunos.

O maior desafio que encontra-se no cotidiano de nossas escolas é justamente aquele que procuramos com a gestão democrática: a participação de todos os envolvidos no processo de construção de uma escola atuante e autônoma.

Portanto, gestão escolar visa ser um instrumento essencial na construção de uma educação qualitativa onde se configura como eixo central e fundamental a participação de todos os atores na vida da escola como um todo. Cada espaço escolar precisa construir sua gestão democrática, bem sabe-se que não há fórmulas ou receitas mágicas, mas deve haver sim, vontade, responsabilidade, ética, liderança, atitude, respeito, criatividade e perseverança.

Sendo assim, esta construção coletiva, de forma sincronizada e abrangente, traça uma nova estrutura capaz de romper a cadeia de recriminações mútuas e da busca de culpados pelo insucesso da escola, além de avançar na concretização de objetivos comuns pela educação e para a educação.

Raquel Beatriz Strehl Vettorello

Pedagoga – Pós graduada em Supervisão e Coordenação Escolar

 

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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