Notícia

Curiosidades - 08/03/2022 - Reentrada de foguete da SpaceX ilumina os céus no Sul do país e de parte da Argentina


Bola de fogo foi vista de várias cidades

Na madrugada desta terça-feira (8), câmeras da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON, na sigla em inglês) e do Clima ao Vivo registraram a reentrada de um foguete Falcon 9, da SpaceX, na atmosfera da Terra. A queima do detrito espacial provocou uma grande bola de fogo e uma explosão que assustou moradores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Argentinos também viram uma luz forte no céu.

Cibele Oliveira, do Paraná, comentou sobre o estrondo no canal do Clima ao Vivo no YouTube. “Deu para escutar a explosão aqui em Quitandinha, foi entre 4h30 e 4h40. Primeiro, uma explosão muito forte, seguida de outras menores! Fiquei apavorada, acordei e não consegui dormir mais”.

De acordo com o diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON, na sigla em inglês), Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital, o objeto era o segundo estágio do Falcon 9 lançado em 19 de dezembro do ano passado da Base da Força Espacial dos EUA em Cabo Canaveral, na Flórida, levando  a órbita o Satélite Geoestacionário Turksat 5B. Trata-se de um equipamento fabricado pela Airbus Defense and Space, em Toulouse, na França, e de propriedade da operadora turca Turksat, desenvolvido para fins militares e comerciais.

 

Cálculos confirmam que o meteoro era um foguete da SpaceX

Zurita, que é presidente da Associação Paraibana de Astronomia, explica que a identificação do objeto avistado nessa madrugada foi confirmada porque a trajetória e o horário dos registros são equivalentes às predições do especialista em cálculos de reentradas Joseph Remis.

Os cálculos de Remis foram divulgados pouco antes da queda do objeto. Em teoria, é possível calcular a deterioração orbital e determinar o exato momento em que o objeto iniciaria sua reentrada. No entanto, esses cálculos envolvem parâmetros que são de difícil determinação, como a rotação do foguete e o fluxo de partículas solares, que podem interferir na densidade dos gases na alta atmosfera. “Por isso, apenas quando estamos nos aproximando do momento da reentrada é que as previsões se tornam mais precisas”, explicou Zurita.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagem: Clima Ao Vivo

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
Vídeos