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Vera Academia - 06/11/2015 - Coluna Vera Academia dia 06112015


E a dor de cabeça vai embora com o suor

 

 

É o que aponta um estudo sobre o efeito dos exercícios aeróbicos regulares em quem tem enxaqueca. Eles diminuem, e muito, a quantidade de crises desse suplício. São vários cenários que podem disparar um episódio de enxaqueca. Em algumas pessoas, basta uma noite de insônia para o cérebro pulsar dolorosamente e o estômago embrulhar. Outros começam a sentir os incômodos, e a sofrer com quaisquer fontes de luz ou de som, ao beber um cálice de vinho. Ainda bem que os profissionais de saúde vêm encontrando formas de tornas as vítimas desse problema mais resistentes a esses e outros gatilhos. Em uma recente pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), constatou-se que pessoas com problemas de enxaqueca, que deixaram a preguiça de lado, reduziram a quantidade de crises em mais de quatro vezes. Os envolvidos na pesquisa realizaram atividades físicas leves, como caminhadas, em uma frequência de três vezes na semana, com duração de cada sessão de 40 minutos, por no mínimo três meses. Resultado da pesquisa: Antes dos exercícios, a maioria tinha 23 dias com dor de cabeça por mês. Depois o número caiu para 5.

 

O exercício torna o cérebro menos predisposto à dor. Suar a camisa ajuda a equilibrar a produção de neurotransmissores como a endorfina na massa cinzenta dos enxaquecosos. E essa substância, além de promover a sensação de relaxamento, atua como um analgésico natural. Tem mais: as práticas esportivas fazem o organismo liberar óxido nítrico, uma molécula que evita variações no calibre das artérias. Mas o que isso tem a ver com enxaqueca? Ora, as chateações típicas do quadro também estão associadas a mudanças súbitas na pressão dos vasos que irrigam a cachola.

 

O que dispara as dores:

 

Jejum prolongado – É um dos gatilhos da enxaqueca. Entre outros motivos, ele pode ser resultado da queda da glicemia típica dessa privação;

 

Falta de sono – Tempo demais acordado eleva a pressão sanguínea e o ritmo de batimentos cardíacos, o que acarreta incômodos;

 

Barulho e luminosidade – Apesar de pouco frequentes como gatilho, a luz e os ruídos agravam as dores ao longo de uma crise;

 

Alimentos ricos em tiramina – Queijo, vinho e chocolate são cheios dela. Mas só algumas pessoas sentem a cuca latejar ao consumi-los;

 

Beber demais e fumar – O álcool pode expandir demais o calibre dos vasos, ocasionando dor. Já o tabaco reduz a oxigenação cerebral;

 

Estresse intenso – Nesse cenário, o pescoço e as costas ficam contraídos. E isso vai refletir lá na cabeça, o que provoca cefaleia.

 

Um dos tipos mais comuns de cefaleia, a tensional, tem origem muscular. Graças a atividades físicas excessivas ou realizadas de forma incorreta, o corpo fica travado, e essa tensão é repassada para o crânio. A má postura ao sentar na cadeira durante horas de trabalho é outro fator que desencadeia dores de cabeça pelo mesmo motivo. A orientação dos profissionais de saúde é o melhor remédio contra elas.

 

Postado: Leila Ruver
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