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Geral - 05/10/2011 - AGCO investe R$ 100 milhões para ampliar produção no Brasil


Fábrica de Santa Rosa terá grande investimento

 

A multinacional AGCO, terceira maior no segmento de máquinas agrícolas, investirá cerca de R$ 100 milhões na modernização e ampliação de três de suas quatro unidades de produção no Brasil entre 2011 e 2012, informou o presidente da companhia nesta quarta-feira.

Deste total, R$ 65 milhões serão investidos na fábrica de colheitadeiras em Santa Rosa e 10 milhões de reais na nova linha de produção de pulverizadores em Canoas, ambas no Rio Grande do Sul, e mais R$ 25 milhões em Mogi das Cruzes no interior paulista.

O presidente-executivo global da AGCO, Martin Richenhagen, afirmou os investimentos para ampliar e reformular a capacidade de produção da companhia são destinados a manter a posição de mercado da companhia no Brasil.

Os investimentos anunciados em coletiva realizada em São Paulo vêm logo depois da compra pela AGCO da multinacional do setor de armazenagem e equipamentos para o setor de carnes GSI Holdings, por 940 milhões de dólares.

ARMAZENAGEM E PROTEÍNAS

"A GSI nos proporcionará uma sólida posição nos segmentos de armazenagem de grãos e produção de proteínas", disse Richenhagen. Ele acrescentou que a companhia pode ganhar muito em sinergias, sobretudo em produção e distribuição.

Apesar de trabalhar com um cenário otimista para as vendas de máquinas agrícolas, o vice-presidente sênior da AGCO América do Sul, André Carioba, ressaltou que a companhia pode perder um pouco de participação no mercado brasileiro.

Isso por conta do ritmo menor das vendas de tratores destinados ao programa Mais Alimentos, que tem taxas de juros mais baixas para aquisição de máquinas de menor potência agrícola. O executivo ressaltou que este mercado está praticamente saturado na região Sul, mas ainda tem bastante espaço para crescer no Nordeste do país.

Segundo Carioba, as vendas de tratores no Brasil recuaram cerca de 10% até setembro, por conta deste desaquecimento em máquinas de menor potencial, mas cresceram entre 8% e 9% no segmento de colheitadeiras, que inclui máquinas de maior potência. Os números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) referentes a setembro devem sair esta semana.

"Os números do ano [para a venda de tratores e colheitadeiras] não devem mudar muito, e devem ficar bem perto destes níveis," afirmou Carioba.

 

 

Fonte: Agência Reuters

(Matéria sugerida pelo internauta Marcio André Grohs)

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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