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Vera Academia - 04/07/2014 - Coluna Vera Academia do dia 04072014


A receita de um grande goleiro para defender pênaltis

 

Esqueça a história de que penalidade máxima é loteria. A ciência já decifrou que há uma fórmula de sucesso para esses momentos de decisão.

 

Leitura dinâmica: Os goleiros com melhor aproveitamento em pênaltis têm um padrão no olhar. Quando o atacante começa a correr em direção à bola, ele focaliza uma sequência no corpo do batedor, com o objetivo de levantar o máximo de informações sobre a direção que o chute vai tomar. Para acertar o lado da bola, o goleiro olha para o rosto do batedor quando ele começa a correr para chutar. Quando o atacante está a dois passos da marca do pênalti, o goleiro observa a posição do quadril de quem vai bater na bola. O Terceiro ponto a ser observado pelo goleiro é o pé de apoio em que o atacante firma a chuteira ao lado da bola. Na contramão, os goleiros que são ruins em defesas de penalidade máxima olham para todos os lados e não possuem um modelo visual estabelecido.

 

Jogo de cabeça: Os dados obtidos no comportamento do oponente passam pelo olho do arqueiro e seguem caminho para o cérebro por meio do nervo óptico. Na massa cinzenta, todas as imagens são processadas no córtex visual e passam para o córtex motor. Ao longo dessa ligeira via-crúcis, vai amadurecendo a decisão sobre o canto escolhido para pular.

 

Um passo a frente: O cérebro do camisa 1 faz um inventário de penalidades máximas anteriores – a maioria das seleções possui profissionais que procuram vídeos com lances dos adversários. Estudar o oponente e descobrir algumas manias é lição de casa de todo bom goleiro. Com esses elementos na cabeça, ele tenta antecipar o canto aonde a bola vai. Duzentos milissegundos é o tempo que o goleiro precisa se adiantar para chegar à bola.

 

Hora do pulo: Esse raciocínio acontece em milésimos de segundo. Depois de passar por inúmeras estruturas, a mensagem cerebral viaja pela medula espinhal até os neurônios motores, que mandam os músculos de braços, pernas e tronco trabalharem. Se o goleiro faz a ponte para o lado certo, consegue executar a defesa e, assim, vira herói.

 

Existem regiões do gol mais fáceis ou difíceis de defender. Se a bola é chutada na direção do goleiro, a vantagem vai ser sempre do camisa 1. Nessa área fica mais fácil se posicionar e estender os braços para bloquear o gol. O jogador deve mirar na região à direita ou esquerda acima dos ombros do goleiro, próximo às traves ou do travessão. Ou ainda bem próximo às traves e rasteira. O chute dever ser numa velocidade superior a 85 km/h. Só com um milagre o goleiro salvaria um petardo desses.

Postado: Leila Ruver
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