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Agricultura - 26/01/2011 - Produtores de leite estão recebendo 18% a mais pelo litro no RS


Apesar da seca na região Sul gaúcha, os preços do leite se mantêm estáveis para o consumidor final

Já para o consumidor final, os preços do leite se mantêm estáveis

Maíra Bittencourt | Porto Alegre (RS)Atualizada às 20h26min

Apesar da seca na região Sul gaúcha, os preços do leite se mantêm estáveis para o consumidor final. Já os produtores, em comparação com o mesmo período do ano passado, estão recebendo 18% a mais pelo litro – diferença de 55 a 60 centavos. As informações são do Conselho de Leite (Consleite).

 

No entanto, houve perda na produtividade de leite. De acordo com o Conseleite, a estimativa é que houve uma redução de até 40% na quantidade de produto entregue as indústrias.

Como a região é responsável apenas por 7% do total produzido, a quebra não se refletiu no preço.

– O nível de preço é de estabilidade, nós estamos indicando um patamar que muda apenas na quarta casa após a vírgula. E presumimos que isso perdure até março, talvez abril – diz Carlos Feijó, vice-presidente do Conseleite.

Em reunião, o Conseleite do Rio Grande do Sul, que é formado por produtores e representantes da indústria, entraram em um acordo de manutenção dos valores atuais, que estão mais altos para os produtores.

– E a tendência hoje os produtores em que a cooperativa Cosulat atua é de manutenção dos preços até para garantir a renda dos produtores, que é uma preocupação da diretoria e do Conselho como um todo. Para que o produtor consiga se manter na atividade e que isso perdure – afirma Raul Amaral, gerente de política leiteira da Cosulat

Segundo o secretário executivo do Sindicato da Indústria Leiteira Gaúcha, Darlan Palharini, o que ocorre é que nos meses de janeiro e fevereiro já há uma redução de consumo por conta das férias escolares. O mercado está com menor quantidade de produto, mas a demanda também é menor. Para ele, pode ocorrer aumento ao consumidor nos meses de março e abril.

– Agora temos uma preocupação com o mercado nacional como um todo, porque nesse período teria de estar entrando mais forte a produção da região Centro-Oeste. E lá eles estão com excesso de chuvas, o que tem dimuniundo a produção. Então acredito que a produção brasileira a partir de fevereiro e março, quando é a entressafra forte do Rio Grande do Sul, talvez aí nós tenhamos efetivamente um reposicionamento de preço – diz Palharini.

Fonte: CANAL RURAL
Postado: Douglas Atkienson
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