Os produtores ainda irão debater a viabilidade do negócio
Um grupo de empresários chineses está no estado para negociar a compra de soja diretamente com os produtores. Nesta terça-feira, dia 25, esteve em Giruá, o representante da empresa autorizada por estatais da China, Charles Yeung. Ele se reuniu com agricultores e associações de produtores para esclarecer a proposta do grupo. A idéia é estabelecer um sistema de troca com os produtores. Dessa forma, todo o investimento feito pelos chineses na lavoura através de fertilizantes ou irrigação, deve retornar para o grupo em grãos de soja. - Eu achei excelente, porque nós sempre procuramos buscar a relação de troca de insumo com o nosso produto. Com certeza vai ser mais barato – afirmou o agricultor Gladimir Darvi. O vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja – APROSOJA-BRASIL, Juares Londero, explicou a meta dos chineses. - Eles querem aos poucos ir chegando a um montante de em torno de 15% da demanda deles – disse. Pedro Nardes, presidente da APROSOJA-RS, enfatizou a rentabilidade da proposta. - O produtor não aguenta mais não ter renda. E esse sistema que nós estamos tentando montar com os chineses realmente vai dar renda, em torno de 20 a 30% para o produtor – afirmou. No entanto, Antônio Sartóri, diretor analista da Brasoja, de mercado, avalia a proposta como arriscada. Segundo ele, o risco é de não cumprimento de contrato por parte do governo da China. - Fazer essa ponte, transportar o produto da origem até o destino final que é a China, é muito perigoso – acrescentou. Os produtores ainda irão debater a viabilidade do negócio. O Rio Grande do Sul vendeu para os chineses em torno de 4 milhões de toneladas de soja no ano passado. A expectativa para essa safra é aumentar a exportação em 15%.
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