Por Claudia Cristina Schwendler Koch – Pedagoga
Os avanços tecnológicos e as frequentes e intensas mudanças ocasionaram impactos no âmbito educacional, no qual se viu o nascimento de um novo papel de professor, mais acessível e comprometido com o aprendizado. Mas, no entanto, apesar dos discursos, o cenário político ainda não priorizou como deveria a Educação, oferecendo condições que promovam a formação contínua deste profissional e valorizem sua missão. Ser professor hoje é uma tarefa prazerosa, mas bem difícil, pois ele precisa se dedicar, e muito, aos estudos, à pesquisa, ao seu desenvolvimento profissional e aos seus alunos. Como mediador da aprendizagem, participa ativamente do processo de aprender, incentivando a busca de novos saberes, sendo detentor de senso crítico, conhecendo profundamente o campo do saber que pretende ensinar, além de ser capaz de produzir novos conhecimentos, por meio da realidade que o cerca. Do docente também se espera paciência, criatividade, humildade e carisma.
Se fala muito sobre valorizar o professor, isso envolve várias questões. Uma delas é o reconhecimento da importância desta profissão na sociedade atual. No entanto, por mais que esse reconhecimento apareça entre os discursos sociais, ele não necessariamente se revela em medidas concretas de valorização desse profissional. Outra questão ligada a valorização do professor diz respeito as condições de trabalho. É necessário contar com escolas que tenham infraestrutura adequada para a realização das atividades, o que envolve a disponibilização de recursos de acordo com o momento que estamos vivendo. Dentro das condições de trabalho, temos ainda a questão da jornada, aspecto também ligado à carreira do professor. O trabalho docente tem uma especificidade em relação à maioria das profissões por se estender para além do momento de atuação, ou seja, para além da sala de aula; é preciso considerar horas de formação e planejamento para que esse professor esteja preparado para dialogar com as questões sociais, culturais, econômicas, políticas, fundamentais para suas práticas, independente de sua especialidade. A outra questão relacionada à condição de trabalho é a salarial. A profissão docente é importante e o salário desse profissional se encontra abaixo da média dos demais trabalhadores que têm formação equivalente.
É fundamental o investimento na formação inicial e continuada do professor. Ela dever se consolidar como uma formação que ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento integral, considere o conhecimento necessário ao professor e o relacione ao ‘como ensinar’ levando em conta o processo educativo com os estudantes. São conhecimentos interligados: os específicos a uma determinada disciplina, os relacionados ao como ensinar e os que consideram as especificidades de desenvolvimento de crianças e adolescentes.
De acordo com o Dicionário Aurélio, o significado da palavra professor é “aquele que ensina uma arte, uma atividade, uma ciência, uma língua, etc. Pessoa que ensina em escola, universidade ou noutro estabelecimento de ensino”. Imaginemos o espaço de uma sala de aula, repleta de alunos, vindos de diferentes realidades, diversas culturas, convivendo num mesmo espaço físico, pedagógico, muitas vezes, alunos com déficit de aprendizagem, outros com alguma necessidade educacional especial, todos reunidos num mesmo ambiente, esperando a mesma oportunidade, de construir seus conceitos e utilizá-los como referência no seu cotidiano, tendo apenas a figura do professor como base pra se chegar até o conhecimento. Neste cenário, o professor, além de educador, muitas vezes assume o papel delegado à família, de protetor, conselheiro, apoiador. Dessa forma, acredito que o verdadeiro significado da palavra professor seja “sábio, pessoa capaz de cantar e encantar com bravura sua árdua tarefa; mestre cultivador de sonhos, orientador e provocador, que permite o indivíduo a realizar seu potencial cognitivo, afetivo e psicomotor; socializador do conhecimento; incentivador do aluno, para que ele busque desenvolver sua capacidade crítica, criativa e reflexiva, tornando-se ser capaz de exercer seus direitos e deveres no futuro”.
Um grande desafio hoje se coloca às nossas escolas, aos nossos professores, aos nossos políticos: educar todos (e isso implica educar cada um) para uma cidadania ativa numa escola imensamente heterogênea, numa sociedade muito exigente, num mundo em permanente mudança, mas também repleto de possibilidades a que os nossos antepassados não tiveram acesso. E é nessa abertura entre o que temos, o que gostaríamos de ter e o que poderemos ter que se deve concentrar o pensamento sobre a escola, a educação e a sociedade, uma vez que a educação não se confina à escola, embora tenha nela e nas famílias as suas bases fundacionais.
Portanto, o papel do professor é muito importante, pois é por meio dele que os conhecimentos serão adquiridos, os conceitos entendidos e as informações multiplicadas. Professores! Profissionais que devem ser valorizados e que merecem lugar de destaque. E não apenas no dia 15 de outubro. Pois não há nada mais valioso nesse mundo que participar da formação do ser humano!
Claudia Cristina Schwendler Koch – Pedagoga
Graduada em Pedagogia Licenciatura
Pós Graduada em Gestão e Organização
Postado: Leila Ruver| Tweet |  |
