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Texto de Opinião - 28/12/2018 - Um olhar sobre a saúde do Professor: desafios e possibilidades


Por Kátia Cristina Volpatto Graduação em Gestão Ambiental e Pedagogia

Quem de vocês já não teve essa sensação? 

A fragilidade, a insegurança, o medo, a incerteza, - além da dor, do desconforto, da dúvida, é claro – tomam conta de nós e daqueles que nos acompanham... 

O que será que acontece na educação que, apesar dos avanços tecnológicos, da ampliação de acesso e do direito garantido por lei, não se tem conseguido satisfazer as necessidades... Muito tem se discutido e planejado em educação, mas as ações não têm alcançado o impacto positivo esperado no contexto geral da população e na vida das pessoas. 

O/a professor/a está doente? Excesso de trabalho, indisciplina em sala de aula, salário baixo, pressão do sistema educacional, formação inicial deficiente, formação continuada ineficiente, violência, demanda de pais de alunos, bombardeio de informações, desgaste físico e, principalmente, a falta de reconhecimento de sua atividade seriam algumas causas de estresse, ansiedade e depressão que vem acometendo os professores.

O mal-estar existe dentro da escola, mas esse mal-estar vem de forma contextualizada na história da educação e dos profissionais que nela trabalham. Embora os escritos até aqui tenham tido um tom pesado expressando dores e sofrimento dos professores, não é só isso que se vive dentro de uma escola. 

Ao longo dessas reflexões nos deparamos com a urgência de termos um novo olhar sobre os professores, suas trajetórias humanas e escolares, suas temporalidades. Aprendemos a acolher o tempo, diz o autor Miguel Arroyo (2004), o necessário para o processo de mudança. 

É preciso dar tempo ao tempo, pois, o tempo cronológico é diferente do tempo da mudança. 

Mas é preciso acolher a ideia da mudança como algo possível, mesmo que inicialmente o processo pareça aumentar os conflitos. Algumas mudanças dependem de instâncias superiores ao professor ou à escola, mas muitas estão ao alcance do professor e da escola. Tal problema deve estar na pauta de preocupações de governos e gestores da Educação, pois afeta o trabalho pedagógico e toda sociedade perde. 

Fazer educação com competência, alegria e sucesso exige formação, cuidados e valorização dos profissionais que prestam um serviço da maior relevância para a sociedade.

PROFESSORA KÁTIA CRISTINA VOLPATTO GRADUAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL E PEDAGOGIA PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA – ESPECIALIZAÇÃO EM TEOLOGIA

Postado: Leila Ruver
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