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Vera Academia - 28/09/2018 - Coluna Vera Academia do dia 28.09.2018


Atividade física diminui reações de ataques de pânico e ansiedade

Praticar exercícios físicos regularmente pode ser uma boa estratégia para prevenir o desenvolvimento de ataques de pânico e doenças relacionadas, sugere estudo feito por pesquisadores americanos. Para chegar a essa conclusão, foram analisados 145 adultos que tinham histórico de ataques de pânico. Depois de completar um questionário que mede o nível de atividade física e a sensibilidade à ansiedade, os participantes inalaram um ar enriquecido por dióxido de carbono, procedimento benigno que, tipicamente, induz a uma série de sensações corporais, como náuseas, taquicardia, tonturas, dores de estômago e falta de ar, todos sintomas clássicos dos ataques de pânico. Depois da inalação, os participantes indicaram seus níveis de ansiedade em reação às sensações. Os resultados mostraram que a reatividade de ansiedade em relação ao estressor foi menor entre os indivíduos que praticavam atividades físicas regularmente. Essa não é a primeira vez que um estudo liga atividades físicas à melhora de estados de humor. A presente pesquisa se baseou em descobertas de outrora, realizada por pesquisadores ingleses, que indicavam que o exercício melhora o humor e reduz a ansiedade, funcionando como uma "droga antidepressiva." Os pesquisadores, no entanto, enfatizam que exercícios físicos não substituem o tratamento com remédios ou psicoterapia.

A ansiedade é um estado emocional normal. Uma das características do sucesso da espécie humana é a capacidade de antecipar o perigo, o que requer uma preparação geradora de ansiedade. No entanto, a ansiedade se torna patológica quando deixa de ser útil e passa a causar sofrimento excessivo ou prejuízo para o desempenho da pessoa. O transtorno do pânico é uma das formas de manifestação da ansiedade patológica. O que caracteriza o pânico é a forma súbita com que os sintomas aparecem e o fato de a crise atingir o pico em até 10 minutos. Quem sofre com o mal vive em constante sobressalto, pois não sabe se as crises vão se manifestar novamente dali a minutos, horas, dias ou meses, o que gera intranquilidade e insegurança. É muito freqüente que as crises sejam acompanhadas pela sensação de que algo trágico, como a morte súbita ou o enlouquecimento estão por acontecer, o que traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida.

 

Postado: Leila Ruver
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