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Texto de Opinião - 28/06/2017 - Que sentimentos - Por Padre Renato Jose Rohr


Leia na íntegra

O ser humano possui: desejos, intenções, vontade, inclinações. Não age apenas por instinto, sempre tem algo em vista, motivado ou pelo bem ou pelo mal, pelo amor ou pela falta do mesmo. Belos são os sentimentos de Jesus.

O sentimento de Jesus é de amor, de compaixão e misericórdia por cada um de nós. Este seu sentimento continua. Ele até diz: “porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”.  “ Que eu não perca nenhum daqueles que Ele me confiou” (Jo 6,38-39a). Mesmo que o pecador não tenha nem sentimento de culpa e arrependimento, mas o Senhor continua a amá-lo para derramar sobre ele a sua misericórdia e acolhê-lo um dia no seu coração aberto e cheio de amor. Estes são os sentimentos divinos de quem ama.

Cada ser humano tem sentimentos em cada situação conforme é o seu coração Os de bom coração sempre vão ter sentimentos e desejos bons. Podemos dar o exemplo da mãe, mesmo que o filho esteja no erro, ela sempre lhe deseja o bem, que ele saia da situação de pecado e da perdição. Nenhuma mãe quer a perdição e a morte para o filho, a não ser que ela não tenha sentimentos de mãe. Mesmo que ele merecesse o mal a mãe que é mãe quer vida para o filho e vida digna. Diz um ditado “a cada ação corresponde uma ação”, o cristão à exemplo de Cristo sempre deveria reagir com o bem, ou seja, como Jesus diz; mostrar sempre a outra face, a face do amor. Que sentimentos nós temos quando alguém nos ofende? Sendo cristãos só poderíamos ter sentimentos de perdão e de misericórdia para estarmos no caminho de Jesus, pois quem não perdoa não se deve chamar de cristão. O perdão é essencial para quem ama.

Vivemos num mundo de tanto ódio, de tantas injustiças que nos ficamos questionando; este é o mundo cristão? Certamente esta não é a maneira de os cristãos agirem. Afinal, que sentimentos e desejos cultivamos em nossa vida? O cristão até pode ser injustiçado como o foi o próprio Cristo. A reação do cristo deve ser á exemplo do mestre que disse “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Os nossos sentimentos, os nossos desejos e as nossas atitudes certamente testemunham se somos de Cristo ou do mundo. Ódio e amor não podem conviver como trevas e luz também não coabitam.

Oxalá! Toda humanidade tenha os mesmos sentimentos que Cristo Jesus. Que ninguém carregue ódio, rancor nem ressentimentos, mas somente sentimentos de perdão, amor e misericórdia para cada um poder ser reconhecido como imagem e semelhança de Deus. Amigo e amiga! Cultivemos somente bons sentimentos e bons desejos em nós para sermos reconhecidos como bons cristãos e filhos de Deus. Porque ódio e amor não convivem. Sentimentos de gratidão a Deus pelo seu amor e salvação devem refletir em nossos atos.

                                                                                        Ariquemes, 28/06/17 Pe. Renato José Rohr, scj.

Postado: Leila Ruver
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