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Vera Academia - 27/07/2018 - Coluna Vera Academia do dia 27.07.2018


Insuficiência Cardíaca e a Prática de Exercícios Físicos

Antigamente por um dos sintomas dessa patologia ser de intolerância ao esforço recomendava-se que os pacientes ficassem tanto quanto possível em repouso evitando qualquer movimento que desencadeasse os sintomas. Assim, era recomendado não executar teste de esforço, reabilitação e exercícios físicos. Até um tempo atrás, a atividade física não fazia parte das recomendações para pacientes com insuficiência cardíaca. Hoje ela já é parte fundamental do tratamento. Mas, para tanto, é necessário entender um pouco sobre a insuficiência cardíaca e como o exercício atua no tratamento.A insuficiência cardíaca (IC) é uma consequência de outras enfermidades, do próprio coração ou de outros órgãos. E é a causa mais frequente de internação por doença cardiovascular. Ocorre quando o coração não consegue mais desempenhar suas funções eficientemente, ou seja, o coração não consegue mais bombear o sangue devidamente e o corpo não recebe sangue suficientemente rico em oxigênio. A prática de exercícios em pacientes com insuficiência cardíaca tem efeitos positivos na sobrevida dessas pessoas. A melhora do condicionamento físico contribui para aumentar a tolerância a esforços frente às atividades cotidianas aumentando a capacidade funcional e repercute em efeitos psicológicos positivos. A prescrição do exercício tem sido indicada como estratégia para redução de custos para internações hospitalares. Que além de ser seguro, diminui a mortalidade, diminui os sintomas e melhora a qualidade de vida de pacientes com IC. O exercício é mais que bem-estar, é um remédio.

Os melhores exercícios para Insuficiência Cardíaca são os aeróbicos e os resistidos. Os exercícios físicos aeróbios alteram positivamente alguns parâmetros cardiovasculares como o consumo de oxigênio, o volume de ejeção sistólico e a frequência cardíaca de repouso, melhorando a capacidade cardiovascular nos portadores de IC quando avaliados antes e após um período de treinamento. Com relação aos exercícios resistidos, a musculação é a modalidade mais conhecida e sugestiva. No geral, a intensidade do exercício resistido para pacientes com IC fica entre 60% a 80% da força máxima atingida. A frequência semanal poderá ser de 2 a 3 vezes por semana com 8 a 10 tipos de exercícios diferentes que envolvam os principais grupos musculares e uma série de 10 a 15 repetições onde a carga máxima possa ser levantada antes de sentir cansaço. Os exercícios devem ser executados de forma lenta. Outras atividades também são recomendadas, sempre respeitando a individualidade do aluno/paciente.

Postado: Leila Ruver
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