Notícia

Saúde - 26/11/2017 - RS deve atingir menor índice de mortalidade infantil em 2017


João Gabbardo dos Reis afirmou que causas das mortes também mudaram em comparação às décadas anteriores

O Rio Grande do Sul deve atingir em 2017 o menor índice de mortalidade infantil em sua história. A revelação é do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, que participou como convidado da última sessão ordinária desse ano da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina, realizada na manhã de sábado passado na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. “Vamos atingir a meta de ficar abaixo de 10 óbitos para cada mil nascidos vivos. Nenhum estado brasileiro conseguiu ficar abaixo desse índice”, afirmou.

Nos últimos 30 anos, segundo ele, a mortalidade infantil ficava entre 30 e 50 no RS. As causas dos óbitos mudaram em comparação às décadas anteriores. “A mortalidade infantil neste momento não se dá mais por problemas como desnutrição e qualidade da água. Hoje é diferente. Ela ocorre mais por dificuldades do pré-natal, que não é feito em alguns casos, ou pelo atendimento do recém-nascido acontece em unidades que não são as mais adequadas”, explicou.

O secretário também destacou a queda nos índices de mortalidade materna no RS. “Ela está um pouco abaixo dos 30 óbitos de mulheres para cada 100 mil partos”, anunciou. “Já esteve o dobro, em 60 óbitos, nos últimos anos”, recordou, acrescentando como fatores positivos a melhoria das condições de pré-natal e de parto. “Em princípio, o enfrentamento é o mesmo para mãe e filho pois ambos tem os mesmos riscos”, resumiu.João Gabbardo dos Reis comemorou também o fato de que 2017 vai encerrar sem que o RS tenha registrando nenhum caso de dengue, zika e chikungunya. “Isso é inédito. Nunca aconteceu isso”, observou. Um dos motivos, supôs, é que as famílias ficaram assustadas com os casos de má-formação do cérebro de bebês, conhecida como microcefalia. O secretário disse que houve então uma preocupação maior da população em relação ao combate ao mosquito. “Quando era apenas dengue, a preocupação era uma. Com a possibilidade de ter um filho, um neto, um vizinho com microcefalia, as famílias se mobilizaram mais”, constatou.

Durante a última sessão ordinária desse ano da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina ocorreu a cerimônia de concessão do título de membro honorário da instituição ao professor Cláudio Laks Eizirik, que ministrou em seguida uma palestra sobre a psicanálise no século 21, abordando os desafios da especialidade em um novo mundo, no qual a biologia molecular a cada dia desvenda novos aspectos das doenças.

 

Fonte / Foto: Correio do Povo

 

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
Vídeos