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Agricultura - 26/07/2017 - FETAG reverte decisão do Conselho Monetário Nacional


O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, vibrou com a decisão do CMN

Logo após o anúncio do Plano Safra 2017/2018, em 31 de maio, que trouxe mudança no Manual de Crédito Rural (MCR) com a retirada da possibilidade do agricultor comprar de forma antecipada os insumos para a lavoura, antes de fechar o contrato com o agente financeiro, estava trazendo um transtorno muito grande, pois implicaria no aumento de custo sem a possibilidade de elaborar o planejamento da lavoura. Após muita luta e empenho da diretoria e assessoria da FETAG-RS e da CONTAG, bem como do deputado Heitor Schuch, foi revertida a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), que em sessão no dia 24 de julho, admitiu até 29 de dezembro a liberação de parcelas referentes a fertilizantes, corretivos, defensivos agrícolas ou sementes fiscalizadas ou certificadas, comprovadamente adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito e destinados à lavoura financiada (Resolução 4.592).

O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, vibrou com a decisão do CMN, já que ela facilita a obtenção de crédito rural para os agricultores, que se manterão  em dia com sua documentação. “Uma conquista nossa atendendo uma necessidade que veio da base, dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, e que vai proporcionar aos agricultores a segurança jurídica necessária em caso de uma eventual situação de intempérie, impedindo que sejam penalizados mais tarde”, observa. 

Ao mesmo tempo, Márcio Langer, assessor de Política Agrícola da FETAG, lembra da apreensão dos dirigentes após participarem de reuniões com agentes financeiros, entre eles Banco do Brasil e Sicredi, com relação à dificuldade para utilização de insumos (adubos, sementes e defensivos) adquiridos anteriormente à data de contratação da operação de crédito. A norma, explica Langer, que passou a vigorar com o anúncio do Plano Safra, tirou a possibilidade de financiar e consequentemente a cobertura de seguro de notas emitidas anteriormente à contratação de operação de crédito, o que acarretaria um problema gigantesco, em especial para a Região Sul e a cultura do milho, em decorrência do zoneamento agrícola. “Se não conseguíssemos reverter tal decisão, a insegurança jurídica seria total. Agora, com o prazo até final de dezembro, praticamente todas as culturas de verão estarão amparadas”, completa Langer.

 

Assessoria de Imprensa Fetag

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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