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Vera Academia - 26/05/2017 - Coluna Vera Academia dia 26052017


Obesidade aumenta significativamente a chance de desenvolver 13 tipos de câncer

Muita gente ainda acredita que a gordura é apenas um depósito de energia para o corpo usar em momentos de escassez. Mas isso está muito longe de ser verdade. O tecido gorduroso participa ativamente do metabolismo, exercendo uma grande interferência nos níveis dos hormônios circulantes. Além disso, o acúmulo de gordura deflagra uma série de sinais reconhecidos por várias áreas de nosso organismo. Sabe-se que a obesidade era um fator de risco importante para as doenças cardiovasculares. Estudos recentes indicam que os obesos têm também um risco aumentado de desenvolver vários tipos de câncer. São vários os mecanismos já identificados para explicar esse aumento de risco:  

Atividade inflamatória do tecido adiposo

O tecido gorduroso, incluindo algumas células do sistema imunológico, produz substâncias com ação inflamatória em todo o organismo.

Sinalização do tecido adiposo para diferentes tecidos

Duas moléculas, leptina e adiponectina, que participam ativamente do metabolismo, da regulação do apetite e do equilíbrio energético do corpo variam seus níveis em situações de obesidade e estão relacionadas com o desenvolvimento do câncer. A leptina é uma molécula com papel de moderador do apetite. Sua produção e liberação aumentam na obesidade e podem estimular as células de tumores de mama, próstata e cólon. A adiponectina tem papel na regulação do metabolismo da glicose e dos lipídeos e seus níveis estão reduzidos na obesidade. Acredita-se que a adiponectina tenha efeito antitumoral e que sua redução favoreça o desenvolvimento de tumores de mama, próstata, endométrio e rim.

Aumento dos níveis de estrógeno

Ao longo de toda a vida reprodutiva da mulher, o ovário produz de forma cíclica e libera para a circulação os hormônios estrógeno e progesterona, que têm ação complementar no desenvolvimento e funcionamento dos tecidos sensíveis a ele. Com a menopausa, o ovário deixa de produzir e secretar esses hormônios, podendo causar alguns sintomas na mulher. Em mulheres obesas, após a menopausa, o tecido gorduroso pode passar a produzir estrógeno, elevando os níveis séricos desse hormônio. E, como a produção de progesterona pelo ovário já está encerrada, esse “novo estrógeno” fica sem seu “antagonista natural”, podendo estimular continuamente os tecidos sensíveis a ele. Isso é especialmente verdade no caso do endométrio, camada que reveste internamente o útero.

Fonte: G1, saúde e bem estar.

Postado: Leila Ruver
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